Doada por duques italianos, instituição recebeu crianças em diversos momentos históricos e se tornou, hoje, maior centro policlínico e de pesquisa pediátrica da Europa
Da Redação, com Vatican News
Unidade Hospital Bambino Gesù em Gianicolo / Foto: Reprodução Bambino Gesù no YouTube
O dia 20 de fevereiro marca o centenário da doação do Hospital Pediátrico Bambino Gesù à Santa Sé. Há um século, ele se tornou o “Hospital do Papa”, referência para o atendimento de todas as crianças doentes em Roma e em todo o mundo. Atualmente, trata-se do maior centro policlínico e de pesquisa pediátrica da Europa, ligado aos principais centros internacionais da área.
O hospital foi fundado pelos duques Salviati em 1869. No início, a instituição havia apenas 12 leitos em uma casa na Via delle Zoccolette, no centro de Roma. Foi o primeiro hospital pediátrico italiano que recebeu crianças em diversos momentos históricos, como o terremoto de Avezzano em 1915, quando 420 menores foram hospitalizados, e a epidemia de gripe espanhola durante a Primeira Guerra Mundial em 1918, quando 300 crianças foram atendidas.
Em 1887, o antigo convento de Sant’Onofrio, no monte Gianicolo, passou a ser o local de atendimento, onde o Bambino Gesù permanece até hoje. Uma nova mudança está prevista para 2030, para a área do antigo hospital romano Forlanini.
Após a doação à Santa Sé, o hospital cresceu cada vez mais nas décadas seguintes. Surgiram mais três unidades, além de outra que já estava funcionando, e novas funções foram agregadas, a partir da integração ao serviço nacional de saúde italiano e do reconhecimento como hospital universitário e de pesquisa.
Leia mais
.: Onze crianças palestinas chegam a Roma e recebem assistência médica
O primeiro Papa a visitar o Bambino Gesù foi João XXIII em 1958. Da mesma forma, também conheceram o hospital Paulo VI em 1968; João Paulo II em 1979; Bento XVI em 2005; e Francisco em 2017.
Segundo informações do site oficial, o Bambino Gesù, em 2022, registrou mais de 95 mil admissões no pronto-socorro, 29 mil internações, 32 mil procedimentos cirúrgicos e 2,5 milhões serviços ambulatoriais. Mais de 30% das admissões envolvem pacientes de fora da região do Lácio, enquanto 14% são estrangeiros. Em 2023, 18 mil crianças com doenças raras foram tratadas.
Notícias Relacionadas
Parolin: indignação pela carnificina na Terra Santa, necessária coragem
Segundo grupo de crianças de Gaza chega à Itália para tratamento médico
Onze crianças palestinas chegam a Roma e recebem assistência médica
Mais de 100 crianças vindas de Gaza receberão tratamento na Itália
Diretor-geral do UNICEF alerta para condições precárias na Faixa de Gaza
