Um relatório produzido por uma Comissão ligada ao Dicastério das Causas dos Santos reconheceu milhares de novos mártires cristãos que morreram por testemunhar o Evangelho.
Reportagem de Sidinei Fernandes
Imagens de Vatican News e Reuters
O relatório inédito foi apresentado ontem em coletiva de imprensa com membros da comissão dos novos mártires e testemunhas da fé, instituída em 2023 pelo Papa Francisco.
O trabalho reúne documentos dos últimos 25 anos. Nele, cerca de 1700 pessoas foram reconhecidas como mártires por testemunharem o Evangelho.
643 tombaram na África, local onde mais morrem cristãos. 357 foram martirizadas na Ásia e Oceania. 304 morreram defendendo a fé nas Américas. 277 faleceram no Oriente Médio e Magreb. 43 faleceram na Europa e outros 110 perderam a vida em missões em outros lugares do mundo.
De acordo com os membros da comissão, as histórias foram relatadas por diversas Igrejas e denominações cristãs, dioceses, conferências episcopais, institutos religiosos e outras entidades eclesiais.
As pessoas foram vítimas de perseguição religiosa, violência de organizações criminosas, exploração de recursos naturais, ataques terroristas, conflitos étnicos, entre outras causas.
Em memória aos novos mártires, o Papa Leão XIV vai presidir no próximo domingo uma celebração ecumênica na Basílica São Paulo Fora dos Muros. 24 delegados de várias Igrejas e comunidades cristãs vão participar.