Dom Bruno Forte, destacou aspectos do amor revelado por Cristo na devoção ao Sagrado Coração em coletiva para apresentação da Carta Encíclica Dilexit nos
Da Redação, com Vatican News
Carta Encíclica Dilexit nos / Foto: Reprodução Reuters
Uma coletiva de imprensa foi realizada nesta quinta-feira, 24, para apresentar a nova Carta Encíclica do Papa Francisco, intitulada Dilexit nos (que significa “Amou-nos”). Na Sala de Imprensa da Santa Sé, o arcebispo de Chieti-Vasto (Itália), Dom Bruno Forte, e a responsável geral dos Discípulos do Evangelho, irmã Antonella Fraccaro, apresentaram alguns detalhes do documento que aborda a devoção ao Sagrado Coração de Jesus.
Segundo Dom Forte, a Encíclica “nasce da experiência espiritual do Papa Francisco, que sente o drama do enorme sofrimento causado pelas guerras e pelos muitos atos de violência em curso, e quer estar perto daqueles que sofrem, propondo a mensagem do amor divino que vem para nos salvar”.
Dessa forma, a Dilexit nos “oferece a chave para interpretar todo o Magistério deste Papa” e, junto com isso, “uma espécie de compêndio do que o Papa Francisco quis e quer dizer a cada irmão na humanidade: Deus o ama e lhe mostrou isso da maneira mais luminosa na história de Jesus de Nazaré”.
A irmã Antonella detalhou alguns dos elementos presentes no documento pontifício, mostrando que nosso coração “unido ao de Cristo é capaz desse milagre social” de construir conosco e entre nós, “neste mundo, o Reino do amor e da justiça”. Neste contexto, pediu que “caminhemos juntos com a força da esperança, que o Coração de Jesus nos dá todos os dias em nossa vida fraterna cotidiana”.
A experiência do Coração de Jesus
Na sequência, o arcebispo pontuou que a devoção ao Sagrado Coração foi criticada ao longo da história como “uma devoção intimista”. Contudo, sublinhou que “um dos aspectos mais importantes dessa Encíclica é que o Papa Francisco mostra justamente o contrário: longe de ser intimista, a devoção ao Sagrado Coração nos leva a experimentar o amor revelado de Cristo, que se torna história, carne ao lado dos pobres, dos últimos, dos esquecidos”.
Nesse sentido, Dom Forte ressaltou que a encíclica “vai além do intimismo, e isso me parece ser muito forte na mensagem do Papa Francisco. É um manancial, uma fonte viva da qual brota esse serviço”. A proposta do Santo Padre nesse texto “nos revela a fonte profunda de todo o seu Magistério, de toda a sua vida”.
Por fim, a religiosa apontou que a Dilexit nos “nos ajuda a recuperar o que está no centro da experiência cristã, porque o coração unifica, eu sou o meu coração”. Diante da fragmentação vivida atualmente, ressaltou “a experiência do Coração de Jesus, que nos unifica, uma experiência de caridade, uma experiência de relações, de culturas diferentes, de condições diferentes, até mesmo de condições sociais”.
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