Neste sábado, 25, a Igreja celebra a festa litúrgica de São Frei Galvão, o primeiro santo brasileiro. Em São Paulo, o mosteiro dedicado a ele mantém viva a memória e o cuidado do frei franciscano com os mais necessitados.
Reportagem de Malu Sousa e Antônio Matos
Nascido em Guaratinguetá, o jovem Antônio de Santana Galvão entrou para a vida religiosa na ordem dos frades menores franciscanos. Depois de ordenado, foi transferido para São Paulo, onde foi por muito tempo guardião do santuário São Francisco.
E nessa função tinha muito contato com o povo, sempre buscando atender às necessidades daqueles que batiam à porta. “Em resumo, é tido como o grande apóstolo do povo de São Paulo, porque podia ser qualquer problema era apresentado a ele e ele tentava dar uma solução”, falou o capelão do Mosteiro Nossa Senhora da Luz, frei Estêvão Ottenbreitt.
Além do atendimento aos mais necessitados, Frei Galvão foi fundador. No terreno onde já havia uma capelinha dedicada à Nossa Senhora da Luz, nasceu o novo recolhimento, que herdou a devoção e tornou-se mosteiro de Nossa Senhora da Luz. E há mais de dois séculos, as irmãs de Nossa Senhora da Conceição vivem no mosteiro. “É nosso pai, nosso fundador. Então, para nós termos aqui o coração de São Paulo através da oração para sustentar a Igreja e o mundo”, destacou a mestra de noviças, irmã Fabiana da Imaculada Conceição.
Visitar o Mosteiro da Luz é a oportunidade de viajar no tempo. No local, o visitante encontra textos escritos pelo próprio santo, seus paramentos litúrgicos e objetos pessoais.
Foi Frei Galvão quem desenhou e ajudou a construir o mosteiro. Sua acolhida aos mais necessitados foi além do âmbito material e assim surgiram as famosas pílulas de Frei Galvão, que ainda hoje levam muitas pessoas ao mosteiro. “A ponto de que ele um belo dia chega a ideia de pegar um pedacinho de papel e escrever uma saudação à Nossa Senhora, fazer uma pílula. Então continua esta prache as irmãs fazem aquelas pequenas pílulas que em si não são mágicas, mas tomadas com fé e que realmente alcançam graças”, retomou o capelão.
“Muitos procuram as pílulas e também procuram as irmãs para uma orientação. E nisso as pessoas conhecem mais o Frei Galvão, pedem a sua graça e aí depois eles vêm contar”, disse a irmã. Como Seu Moacir que veio participar do tríduo do padroeiro e agradecer as bênçãos alcançadas. “Mais de 20 anos atrás, minha esposa ficou doente. Eu também pedi pela intercessão de São Frei Galvão e ela foi curada do câncer que ela teve, ficou bem. E depois eu aí veio a minha fase com infarto, com próstata, com tudo e continuo aqui na luta e agradecendo a Frei Galvão e a Deus por tudo e pela felicidade da vida”, testemunhou o aposentado, Moacir Santana de Souza.
“Então, uma referência também de ver como Frei Galvão age ainda hoje em São Paulo”, concluiu irmã Fabiana.




