Corpo de Bombeiros ainda será inaugurado em Cachoeira Paulista (SP), mas já trabalhou em uma missão considerada especial pela corporação
Thiago Coutinho
Da redação, com colaboração de Jean Cesar
Uma missão especial. É como os bombeiros que realizaram o cortejo do corpo de Monsenhor Jonas Abib definem esse que foi o primeiro trabalho da corporação de Cachoeira Paulista (SP), há exatos sete dias. O que para alguns poderia ser mais um serviço, para eles foi um momento para levar para toda a vida. Em entrevista ao Jornalismo Canção Nova, eles recordaram um pouco dessa história.
Monsenhor Jonas faleceu no último dia 12 de dezembro. Seu corpo foi velado no Centro de Evangelização Dom João Hipólito de Moras nos dias 13 e 14 de dezembro. Depois, o velório seguiu para o Santuário do Pai das Misericórdias. Para esse translado ser realizado com segurança, seria necessário que o Corpo de Bombeiros realizasse este trabalho.
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Cachoeira Paulista (SP), onde está a sede da Comunidade Canção Nova, porém, ainda não contava com um Corpo de Bombeiros em operação. Segundo o prefeito da cidade, Antônio Carlos Mineiro, um convênio foi assinado com o Estado e 15 profissionais já foram contratados. A primeira missão deles? O translado do corpo do Monsenhor Jonas Abib.
“Conversando com o pessoal da Canção Nova, fomos informados de que eles gostariam de fazer um cortejo do Centro de Evangelização até o Santuário Pai das Misericórdias. Foi a primeira missão do caminhão do Corpo de Bombeiros”, revelou o prefeito.
Com relação à chegada do Corpo de Bombeiros à cidade, o mandatário assegurou que faltam poucos detalhes para que tudo seja finalizado. “O convênio já está assinado. Serão 15 homens que trabalharão aqui, a maior parte deles de Cachoeira mesmo. Já temos um caminhão, uma unidade de resgate e o prédio já está pronto. Estamos licitando o mobiliário deste prédio para inaugurá-lo. Entre 20/25 dias este material já estará aqui”, explicou o prefeito.
“Foi um momento muito especial”, disse o capitão Raphael Brito. “Respeitamos todas as religiões, mas cada um de nós tem sua fé. E os bombeiros que estavam lá têm um apreço muito grande pelo Monsenhor Jonas Abib. Foi um momento muito especial”, acrescentou.
“Foi muito gratificante e emocionante para mim”, observou o cabo Roberto Henrique dos Santos. “Cheguei a chorar por estar ali. Tenho uma gratidão muito grande pela Canção Nova que esteve presente num momento muito difícil da minha vida. Estava ali em forma de agradecimento ao Monsenhor. Guardarei isso para o resto de minha vida”.
Uma necessidade
Cachoeira Paulista, de acordo com o capitão, já tem características de sobra para abrigar um Corpo de Bombeiros. “Existem alguns critério técnicos para isso [implantar um Corpo de Bombeiros na cidade]”, adiantou. “Seja de população flutuante e demanda operacional. Cachoeira Paulista está à beira da rodovia Presidente Dutra, no eixo Rio-SP, então, existe uma demanda operacional. Além disso, há a população flutuante, já que Cachoeira é uma potência turística. É uma necessidade um Corpo de Bombeiros aqui”, reiterou o capitão.