IGREJA NO BRASIL

Conselho Permanente da CNBB encerra reunião em Brasília (DF)

Reunido desde a terça-feira, 18, grupo refletiu sobre diversos aspectos da atuação da Igreja no Brasil e aprovou nomes de novos assessores para comissões

Da Redação, com CNBB

Conselho Permanente reunido na sede da CNBB em Brasília (DF) / Foto: Reprodução CNBB

Entre os dias 18 e 20 de junho, o Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) esteve reunido na sede do colegiado, em Brasília (DF). Durante o encontro, os bispos trataram de temas relacionados à missão do episcopado, como os estudos das análises de conjuntura eclesial e social.

O Conselho Permanente da CNBB é formado pelos membros da Presidência, os presidentes das Comissões Episcopais e os bispos eleitos para representar cada Conselho Episcopal Regional (Conser). Também participaram do evento assessores das Comissões Episcopais e representantes de pastorais e organismos da Igreja Católica no Brasil.

Cuidado com o povo gaúcho

No primeiro dia de trabalhos, os participantes refletiram sobre a crise ambiental e a vivência da fé pelo povo brasileiro. Neste contexto, partilharam a respeito da situação do Rio Grande do Sul, atingido por grandes enchentes durante o mês de maio naquela que é considerada a maior catástrofe climática de uma região metropolitana no hemisfério Sul.

Ao abordar o tema, o bispo de Carolina (MA) e coordenador do Grupo Padre Tierry Linardy, Dom Francisco de Lima, afirmou que “a crise ambiental global e suas manifestações no Brasil exigem a adoção de práticas ecológicas fundamentais para atingir a estabilidade climática e a biodiversidade”.

Segundo o bispo, a ecologia integral desafia ampliar, como Igreja, o espaço de diálogo com cientistas e universidades, “para sermos promotores de diálogo mais articulado na sociedade”. Depois, o bispo de Santa Maria (RS) e presidente do Regional Sul 3 da CNBB, Dom Leomar Brustolin, e o arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da CNBB, Dom Jaime Spengler, partilharam suas experiências no cuidado com o povo gaúcho.

Avaliação da 61ª Assembleia Geral dos Bispos e outras reflexões

Ainda na manhã da terça-feira, 18, foi feita uma análise da conjuntura eclesial do país. O bispo de Petrópolis (RJ) e diretor do Instituto Nacional de Pastoral Padre Alberto Antoniazzi (INAPAZ), Dom Joel Portella Amado, aprofundou a questão da secularização, das novas territorialidades na vivência da fé católica e os diferentes perfis de pastoral presentes na atualidade, com seus valores e limites.

No período da tarde, o bispo de Paranavaí (PR) e referencial da Pastoral do Turismo, Dom Mário Spaki, apresentou algumas reflexões sobre a Pastoral. Na sequência, o bispo de Mossoró (RN), Dom Francisco de Sales, apresentou os resultados da avaliação do episcopado brasileiro sobre a 61ª Assembleia Geral da CNBB, ocorrida de 10 a 19 de abril em Aparecida (SP).

“Foi uma experiência importante para conhecer e se inteirar da caminhada sinodal da Igreja no Brasil”, disse uma das avaliações. Membro da equipe que elabora o texto das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora na Igreja no Brasil (DGAE), Dom Leomar Brustolin falou sobre o trabalho feito na 61ª Assembleia Geral da CNBB quanto à elaboração do instrumento de trabalho das Diretrizes. Foi apresentada a estrutura do texto, a partir das considerações feitas na Assembleia, para que o Conselho Permanente pudesse apreciá-lo.

Depois deste momento, o secretário-executivo de Campanhas da CNBB, padre Jean Poul Hansen, falou sobre o progresso do Projeto “Capacita em Rede”, uma parceria entre a CNBB e o IF Sul de Minas que oferece cursos rápidos e gratuitos nas áreas de tecnologia e formação profissional, e apresentou o tema da Campanha para a Evangelização deste ano, que é “Jesus, nossa esperança, habita entre nós”, e o lema, “É nossa missão anunciá-lo”.

Educação católica no Brasil

Na manhã de quarta-feira, 19, a educação católica foi o primeiro tema em destaque. Com a ajuda da Comissão Episcopal para a Cultura e a Educação, os bispos refletiram sobre o acompanhamento da identidade confessional de escolas diante das demandas da sociedade e das preocupações dos pais sobre a questão educacional.

A Comissão apresentou um estudo sobre o acompanhamento de instituições educacionais de inspiração católica. Por meio dele, levantou características e orientações, como linha pedagógica, organização curricular, práticas religiosas dentro do ambiente escolar e relações com outros grupos presentes na Igreja e na sociedade.

Os bispos apreciaram ainda as alterações em regulamentos de quatro Conselhos Episcopais Regionais da CNBB (Sul 1, Sul 2, Centro-Oeste e Nordeste 3), com a assessoria canônica do arcebispo de Ribeirão Preto (SP), Dom Moacir Silva. Foram validadas todas as alterações pretendidas.

Novos assessores

À tarde, houve a despedida do subsecretário adjunto geral da CNBB, padre Patriky Samuel Batista, que retornará à sua diocese de origem em Luz (MG). Ele assumiu interinamente esta missão em 2022 e, posteriormente, cumpriu-a de forma efetiva.

O padre Patriky será sucedido pelo padre Leandro Megeto, atualmente secretário executivo do Regional Sul 1 da CNBB. O nome dele foi aprovado pelos integrantes do Conselho Permanente junto a outros três escolhidos para desempenhar as seguintes funções:

  • Assessor canônico: frei Alexsandro Rufino, da Ordem dos Frades Menores, que sucede o arcebispo de Ribeirão Preto, Dom Moacir Silva;
  • Assessor do Setor Universidades da Comissão Episcopal para a Cultura e a Educação: padre João Paulo dos Santos Silva, presbítero da diocese de Luziânia (GO);
  • Assessor da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé: padre Thiago de Moliner Eufrásio, da diocese de Criciúma (SC).

A reunião contou ainda com o relato dos regionais da CNBB e apresentação da bula de proclamação do Jubileu da Esperança 2025. O primeiro vice-presidente da CNBB e membro da equipe de articulação do Jubileu da Esperança no Brasil, Dom João Justino, fez uma reflexão sobre alguns dos trechos do texto que tem como título “A esperança não decepciona”.

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