No especial sobre a Padroeira do Brasil, histórias de fé revelam a presença de Nossa Senhora Aparecida no dia a dia dos devotos. Nesta reportagem, você vai conhecer o testemunho de um casal que vive cada dia como sinal da graça recebida e da esperança que renasce em cada conquista.
Reportagem de Idalina Miranda e Genilson Pacetti
Logo na entrada da casa já se percebe: aqui mora gente de fé. “Eu agradeço todos os dias. A gente aqui vem aprendendo muito assim que em tudo dai graças. E dai graças pelas graças. Eu acho que a vida da gente já é um uma graça mesmo que vem de Deus. E Nossa Senhora Aparecida ela tá sempre acolhendo a gente aqui”, disse a escriturária, Rita de Cássia Ferreira.
Poderia ser uma coleção de cartas, mas o que se vê são exames médicos. Uns trazendo diagnósticos difíceis, outros comprovando curas inesperadas. Ulisses e Rita aprenderam a colecionar milagres. “Eu tive um nódulo de mama já diagnosticado. Fiz vários exames. Dentre esses exames, eu tive que fazer três punções nele. E quando eu fui para agendar a minha cirurgia, meu convênio não estava atendendo onde o médico operava”, relembrou ela.
Com a mudança do convênio, veio também a transferência do emprego e de estado. O que parecia problema, acabou se revelando providência divina. “Decidi refazer os exames todos aqui em São Paulo, mas eu já vim com a certeza de que ia ter que fazer a cirurgia para retirada. E o nódulo não existia mais. E eu tenho certeza que a cura foi Ela que passou à frente, que intercedeu”, testemunhou Rita.
Quando tudo parecia tranquilo, mais um susto. “Acompanhava há 20 anos um nódulo da tireoide, fazendo sempre os exames, mas sempre só para acompanhamento. E quando foi agora ao final do ano, eu tive uma classificação maligna no nódulo e tive que fazer a retirada. Quando foi feito o meu a biópsia, tiveram vários nódulos, não era um só e nenhum deles maligno”, retomou ela.
Moradores de Guaratinguetá, cidade vizinha de Aparecida, a família tem experimentado a graça da cura. Ulisses, marido de Rita, também testemunha a misericórdia de Deus. “Já nasci com problema nas pernas e eu quase perco as minhas pernas. Só comecei a andar com 10 anos de idade”, afirmou o empreendedor, Ulisses Maurício Lopes.
Contrariando diagnósticos duros, Ulisses manteve por anos uma rotina semelhante à de qualquer pessoa. “Era goleiro, um bom goleiro, por sinal. Eu era motorista de ambulância, fui agente funerário, já tive vários empreendimentos. Depois eu tive que parar tudo”, apontou ele.
Diagnosticado com ataxia cerebelar aos 45 anos, uma doença neurológica que compromete os movimentos, Ulisses encontrou amparo na casa de saúde Nossa Senhora dos Raros, em Taubaté, fundada pelo padre Marlon Lúcio.
“Se a gente não pensar em Deus, a gente não chega no objetivo, a gente fica numa cama, a gente fica depressivo”, ressaltou Ulisses.
Como toda bela história de amor, Ulisses e Rita seguem sob as bênçãos e o amparo da Mãe. Eles aprenderam a viver da providência. Depois de um período em um quarto emprestado, conquistaram um novo lar.
Hoje, cada passo dado é marcado pela gratidão. Um retrato simples, mas cheio de fé, de superação e de amor que venceu a dor. “E hoje a gente tá aqui com a nossa casa, com tudo assim, graças a Ela”, concluiu a devota.




