Em sua mensagem para o Natal, Patriarca Latino de Jerusalém destaca como Cristo dedicou sua vida aos outros e é sinal de esperança para os homens
Da Redação, com Patriarcado Latino de Jerusalém
Cardeal Pizzaballa apresenta mensagem de Natal / Foto: Patriarcado Latino de Jersualém
O Patriarcado Latino de Jerusalém divulgou a mensagem de seu Patriarca, Cardeal Pierbattista Pizzaballa, para a Solenidade do Natal deste ano. Ele enfatiza, no vídeo, como Cristo encarnou-Se para trazer a salvação aos outros, convertendo-se em sinal de esperança para todos aqueles que não têm lugar.
No início de sua fala, o cardeal recorda o desejo de que o Natal, apesar de tudo que foi vivido ao longo do ano, seja um tempo de paz, alegria e esperança. Neste sentido, recorda que a celebração marca também o início do Jubileu 2025, dedicado precisamente à esperança. “E precisamos desesperadamente de esperança nesta nossa terra, marcada por tanta violência, ódio, ferida pelo desprezo e pelo medo”, expressa.
Recordando o anúncio do anjo aos pastores sobre o nascimento de Jesus, ele destaca que a vida de Cristo começa como uma vida vivida para os outros. Pizzaballa pontua que Jesus não veio para impor obrigações, como os grandes homens da terra, mas para ser um sinal de proximidade, de paz, de uma relação renovada entre Deus e o homem. “Um sinal colocado em uma manjedoura, onde se dispensam alimentos, na cidade de Belém, significando casa do pão, um sinal que alimenta a fome de vida”, complementa.
Encontro pessoal
Toda a existência de Jesus, observa o Patriarca, foi de uma vida de entrega, até que Ele mesmo se convertesse em pão oferecido, mais uma vez, aos outros. “A sua vinda não é genérica, na qual não encontra ninguém. Trata-se do encontro pessoal de cada um, porque isto é salvação, encontro pessoal, relação real e viva”, salienta.
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O cardeal frisa que Jesus nasce como alguém que não encontra lugar. Apesar disso, vai à procura de todos que, assim como Ele, não têm lugar na história. “Jesus é o sinal de que o Salvador quer nos salvar da desgraça de não termos lugar”, enfatiza, “Ele mesmo, a sua vida, torna-se a casa, o espaço de todos aqueles que não têm lugar”.
Diante disso, Pizzaballa questiona como é possível não pensar nos “últimos”, naqueles que parecem não ter lugar, dignidade ou esperança, e sublinha que o anúncio do anjo deve ser seguido por uma resposta: aceitar ou não o convite para ir ao encontro do Salvador.
“Jesus nos deixa livres. Ele nos mostra um sinal, mas depois o deixa à nossa liberdade. O Natal é o momento da escolha de iniciar ou não o caminho até Aquele que vem”, aponta o Patriarca. Por fim, ele afirma que, pelo caminho, são encontrados tantos necessitados aos quais “podemos abrir espaço e dar esperança”.
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