ANGOLA

Cardeal Parolin: “És embaixador do Santo Padre e de Cristo”

O Cardeal-Secretário de Estado da Santa Sé, Pietro Parolin, presidiu um Santa Missa da Ordenação Episcopal de Dom Germano Penemote, nomeado pelo Papa Arcebispo Núncio apostólico no Paquistão

Da redação, com Vatican News

O Cardeal Pietro Parolin durante a COP24, na Polônia / Foto: Vatican News

A alegria da Igreja em Ondjiva é grande, tal como o é a da Igreja em Angola, pois trata-se do primeiro filho desta terra que é chamado a desempenhar a missão de Núncio Apostólico, disse o Cardeal na sua homilia, acrescentando:

“Vim compartilhar a vossa alegria.”

E, comentando a liturgia do dia, o Cardeal Parolin sublinhou que é Deus quem está na origem de cada vocação e, com a sua graça, dá força, coragem e sabedoria àquele que escolheu, consagrou e enviou, e que à iniciativa de Deus deve corresponder a resposta livre do homem.

Mas, advertiu o purpurado, não se trata de uma relação exclusivamente privada entre Aquele que chama e a pessoa que é chamada, pois cada vocação sempre visa uma missão:

“… missão de consolar e reconciliar, dar esperança e tornar possível o encontro entre Deus e o homem, para este ser salvo”.

Em consequência disso, brotam a ação de graças, o louvor e a adoração, como “se vê nas liturgias em terra africana, caraterizadas por uma alegria bem palpável no modo de rezar, cantar e participar!”, disse Parolin.

E quando se é chamado, como Bispo da Igreja, a colaborar de maneira especial com o Senhor para a salvação de todos, então o hino de alegria se torna ainda mais intenso e maior ainda a gratidão, tal como deve ser maior o sentido da responsabilidade e o empenho daquele que é chamado a esta honra e a tal serviço, enfatizou Parolin:

“É precisamente o que está a acontecer contigo, querido Mons. Germano! És chamado a ser embaixador do Santo Padre, embaixador da Santa Sé, embaixador de Cristo. É uma honra e uma missão esplêndida”.

És embaixador, insistiu o Cardeal Secretário de Estado, duma boa nova para os seres humanos, fazendo-lhes saber que não estão condenados a repetir, segundo novas formas, as habituais tragédias resultantes de guerras e lutas fratricidas; pelo contrário, são convidados a reconhecer-se como irmãos e a trabalhar com todos os meios para construir e reforçar percursos de paz, solidariedade e civilização.

E para ser um credível obreiro de paz, recordou ainda Dom Parolin, para levar a reconciliação que Deus oferece, para ser embaixador do bem, é preciso, amar a Deus e ao próximo que Cristo amou até ao ponto de subir à cruz.

E a propósito da sua missão, o Cardeal Parolin recordou a Dom Germano Penemote de fortalecer na fé os fiéis católicos no Paquistão, para que possam procurar caminhos de diálogo com os fiéis do Islão e das outras religiões:

“Trata-se dum diálogo muito necessário para nos reconhecermos irmãos independentemente das diferenças, e afastarmos todo o risco de manipulação da religião e qualquer inaceitável legitimação da violência.”

Que Maria, Mãe de Deus e Mãe da Igreja, assista o teu caminho. O seu Imaculado Coração, particularmente venerado aqui em Angola, torne eficaz e frutuosa a tua tarefa de Núncio Apostólico e a tua missão de Bispo – concluiu dizendo o Cardeal Secretário de Estado.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

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