“Esperamos que este seja o primeiro passo para evitar mais sofrimento”, disse o cardeal paralelo à apresentação do livro “Linea segreta”
Da Redação, com Vatican News
“Esperamos que este seja o primeiro passo para evitar mais sofrimento”, disse o presidente da Conferência Episcopal Italiana na Embaixada da Itália junto à Santa Sé, diante da apresentação do livro “Linea segreta – I retroscena tra Stato e Vaticano”, do jornalista e ensaísta Antonio Preziosi, no Vaticano.
O Ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, também esteve presente e afirmou tratar-se de uma excelente notícia. “Parece-me um passo importante para a paz, devemos consolidar este cessar-fogo, avançar com as próximas etapas”.
“Devemos preparar-nos seriamente para a paz”
”Na terça-feira, estávamos à espera com o presidente da comunidade judaica de Bolonha. Esperamos que este seja o primeiro passo para evitar maiores sofrimentos e depois encontrar soluções mais duradouras. Devemos preparar-nos seriamente para a paz”, recordou Zuppi.
O presidente dos bispos italianos acredita que o momento é muito importante e que possibilita olhar para o futuro. “O desejo é de algo com estabilidade. Portanto, tanta satisfação depois de uma dor terrível, enorme, que não podemos esquecer para continuar trabalhando pela paz”, afirmou.
Tajani acrescentou que se trata de mais um resultado em relação àquele já alcançado sobre o cessar-fogo no Líbano, acompanhado pela mudança representada pela eleição do presidente Aoun e por aqueles que podem ser os primeiros sinais positivos da nova Administração síria. “Isso significa que a paz pode ser lentamente construída no Oriente Médio”, frisou.
Processo de paz no Oriente Médio
O responsável da Farnesina, falou também das garantias dadas ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Em seguida, ao anunciar sua viagem à Palestina marcada para a próxima segunda-feira, 20, ele assegura que a Itália estará cada vez mais presente para apoiar o processo de paz.
Sobre as questões abordadas no livro apresentado na noite desta quarta-feira, Tajani lembrou a forte presença da Itália em nível europeu. “Uma posição europeísta na qual nos reconhecemos”.
Visão comum sobre a paz
O ministro reiterou que o objetivo final deve ser o de dois povos e dois Estados. “Estamos prontos também para fornecer uma presença militar por ocasião de uma eventual escolha das Nações Unidas em criar uma espécie de administração modelo UNIFIL na Palestina, unificando a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, precisamente para dar, por meio de uma condução da Autoridade Nacional Palestina, finalmente estabilidade e paz ao povo da Palestina”, acrescentou.
Sobre as relações entre o Estado italiano e a Cidade do Vaticano, Tajani confirmou que são mais do que positivas. “A Itália é e quer ser cada vez mais portadora da paz no mundo, no Oriente Médio, mas também na África e na Ucrânia, e sobre isto há uma identidade de pontos de vista com a posição da Santa Sé, que é uma posição coerente desde Pio XII, que foi o primeiro Papa que tive na minha vida, até o Papa Francisco, passando pelo famoso discurso de Paulo VI nas Nações Unidas”, concluiu.