Prefeito do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral participa da 2ª Assembleia da CEAMA e ouviu membros das igrejas da região sobre sua realidade
Da Redação, com Vatican News
Durante sua visita para participar da 2ª Assembleia da Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA), o prefeito do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral, Cardeal Michael Czerny, teve um momento de escuta das Igrejas locais quanto às suas realidades.
A assembleia em Manaus (AM) teve início na sexta-feira, 23, e será encerrada nesta segunda-feira, 26. O tema do encontro, “Cristo aponta para a Amazônia: Comunhão, Missão e Participação”, relaciona-se diretamente com o conceito de Igreja Sinodal, que também é abordado durante as atividades.
Além do cardeal, participaram do momento de escuta a coordenadora regional do Dicastério para as Américas, Cecilia Barja, e as igrejas locais do Regional Norte 1, representadas por alguns bispos, a secretária executiva do Regional, o coordenador pastoral da Arquidiocese de Manaus e o reitor do Seminário São José.
O ponto de partida foi o questionamento sobre os impedimentos para uma vida digna para as pessoas em suas dioceses. Os participantes da reunião descreveram a situação em cada igreja local, cuja realidade é marcada pela presença de uma grande diversidade de povos indígenas.
Entre outras questões apresentadas estiveram as dificuldades financeiras das igrejas, a insuficiência do clero e de religiosos (que leva a uma grande participação do laicato, com uma experiência positiva dos ministérios), as mudanças climáticas na região e a presença do narcotráfico.
“Escutar uns aos outros já ajuda”
Diante dessa conjuntura, o cardeal reconheceu que o peso dos problemas é muito grande. Ele afirmou que, do ponto de vista do Dicastério, “não estamos lá para resolver os problemas, mas para acompanhar os processos que, em última análise, devem ser resolvidos pelo povo”.
Desta forma, o desafio é realizar um acompanhamento adequado e criativo. Em vista das enormes necessidades, o prefeito do Dicastério expressou estar sem palavras e agradeceu aos participantes pelo que compartilharam. “Esperamos poder ajudar de alguma forma e descobrir precisamente o que podemos oferecer para ajudar no trabalho pastoral de acompanhar essas pessoas para que possam viver uma nova realidade”, manifestou.
Relembrando sua viagem ao Panamá, onde participou de um encontro regional para uma pastoral migratória coordenada da Colômbia ao Canadá, ele enfatizou que foi “uma reunião positiva por causa da possibilidade de ajudar além das dioceses e dos países”. Esta iniciativa leva a Igreja a colaborar mantendo a diversidade, um ponto-chave da reforma do Papa Francisco. Neste contexto, ressaltou que “escutar uns aos outros já ajuda nesse sentido”, destacando a possibilidade de caminhar juntos, tornando a sinodalidade uma realidade.