Encontro antecede o primeiro evento do Charis, novo órgão internacional de unidade da Renovação Carismática Católica e das Novas Comunidades

Julia Beck
Da redação, com colaboração de Cristiane Monteiro

A cofundadora da Comunidade Canção Nova (CN), Luzia Santiago, e o vice-presidente da comunidade, padre Wagner Ferreira, participam desde terça-feira, 4, no Centro de Congressos de Villa Aurélia, em Roma, do encontro internacional de fundadores e moderadores das Novas Comunidades. O evento prossegue até esta quarta-feira, 5, e serve de preparação para o primeiro encontro do Charis, novo órgão internacional de unidade da Renovação Carismática Católica e das Novas Comunidades. Os participantes se encontrarão com o Papa Francisco neste sábado, 8, durante Audiência no Vaticano.

O Charis surgiu de um pedido do Santo Padre feito em 2015, com o desejo de que o ICCRS (Serviço mundial da Renovação Carismática Católica) e a Fraternidade Católica Internacional (Novas Comunidades) trabalhassem para estabelecer um novo serviço para todas as expressões da Renovação Carismática Católica (RCC). Padre Wagner Ferreira é membro do grupo de transição do Charis no Brasil e explicou este novo serviço.

“A palavra Charis vem do grego e significa graça. O apóstolo São Paulo, sobretudo em muitas de suas cartas, utiliza este termo para dizer: Deus nos concede pelo Espírito Santo a graça de uma vida nova, o dom de uma vida nova em Cristo Jesus. Então a palavra ‘charis’ significa graça porque o Espírito Santo nos concede esse dom para que possamos viver como discípulos e discípulas de Cristo”, comentou o sacerdote.

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O vice-presidente da CN afirma que o Papa Francisco quis que Charis fosse um serviço internacional para reunir todas as expressões carismáticas da Igreja. “É interessante que no estatuto do Charis, inclusive, o Pontífice pede que também os irmãos de outras igrejas e confissões cristãs possam participar do Charis, porque o Espírito Santo sopra onde quer e tem suscitado em outras confissões cristãs o seguimento de Cristo”, contou.

De acordo com o padre Wagner Ferreira, o Charis quer ser antes de tudo um organismo que promove a comunhão e a unidade das diversas expressões carismáticas. “Que possamos dar ao mundo e à Igreja um testemunho de unidade, comunhão e fraternidade”, completou. Sobre o encontro da Charis acontecer próximo à solenidade de Pentecostes, o sacerdote destacou: “Pentecostes é uma solenidade que marca não só o início, mas a difusão da Igreja de Cristo para todo o mundo e, mais do que nunca, a Igreja Católica precisa de um novo Pentecostes, ela precisa dessa renovação dos dons do Espírito Santo para que possa realizar a missão que o próprio Cristo lhe confiou”.

Sobre a presença da Comunidade Canção Nova no evento, Luzia Santiago comentou: “A Canção Nova está aqui neste novo encontro (…) para que nós também possamos ser emergidos nesta corrente de graça que o Papa tanto tem pedido”. Gilberto Gomes, fundador da Comunidade Obra de Maria e um dos participantes do encontro revelou: “O Charis vem para dizer que todos fazemos parte desta grande família, chamada Renovação Carismática Católica. No fundo, quem gera, quem faz o Charis é a própria fraternidade e a RCC”.

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