ÁFRICA OCIDENTAL

Bispos africanos pedem melhores condições de vida para jovens

Religiosos alertam para o ressurgimento da emigração ilegal e o quanto isto tem afetado os jovens africanos em diversos aspectos

Da redação, com Agência Fides

Encontro Inter-Regional de Bispos da África Austral (uma associação de bispos de Angola, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Moçambique, Namíbia, África do Sul, São Tomé e Príncipe e Zimbabué) / Foto: Reprodução Facebook

Os bispos dos quatro países que compõem a África Ocidental reafirmam sua preocupação pela situação e pelo futuro dos jovens africanos. Segundo eles, apesar dos esforços feitos para melhorar sua condição social e econômica, a situação continua muito crítica para um grande número de jovens. Como resultado, eles instam os vários governos a continuarem seus esforços para fornecer-lhes soluções satisfatórias.

Além do fenômeno da imigração ilegal, os bispos expressaram preocupação “pela questão da segurança em nossos países e em nossa sub-região”. Observam ainda “um aumento gradual da violência baseada em ideologias que pregam a exclusão e a intolerância com base na religião, origem, cultura, etnia ou filiação política”. Para contrariar este perigoso fenômeno, os religiosos exortam as populações a uma maior abertura, tolerância e diálogo. As autoridades devem promover a justiça, a equidade, a paz e a coesão social.

“Por conta do ressurgimento do fenômeno da emigração ilegal em alguns dos nossos países, com numerosas vítimas nas últimas semanas, gostaríamos de expressar nossa solidariedade e proximidade pela dor das famílias que seguem em luto. Rezamos pelos que estão desaparecidos e por seus entes queridos”, disseram os bispos das Conferências de Senegal, Mauritânia, Cabo Verde e Guiné-Bissau em uma declaração divulgada ao final de uma assembleia plenária realizada em Nouakchott, na Mauritânia.

Em vista da pandemia de Covid-19 em andamento, os bispos conclamam os povos de seus países a terem cautela e perseverança, em vista das regulamentações de saúde que foram emitidas. Além disso, conclamam os governos a fazer todo o possível para proteger a saúde e a vida da população. Ao mesmo tempo, apelam às respectivas Caritas para que continuem a prestar auxílio aos grupos populacionais mais vulneráveis junto às organizações parceiras.

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