Encontro que reunirá bispos alemães e poloneses vai refletir sobre as feridas provocadas por Auschwitz e pela II Guerra Mundial e que ainda perduram
Da redação, com Vatican News
“Aprender juntos a lição de Auschwitz: modelar as relações de modo construtivo”. Este é o tema do 12º Seminário de Reconciliação Europeia, que terá lugar, de 11 a 16 de agosto, em Auschwitz, Polônia.
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O evento é promovido pela Fundação Maximiliano Kolbe, instituída em 2007, com o apoio das Conferências Episcopais da Polônia (KEP) e da Alemanha (DBK). O Seminário contará com a participação de bispos de ambos os países e de sobreviventes do campo de extermínio.
Objetivo do encontro
O objetivo do encontro, explica a Conferência Episcopal alemã, é refletir sobre “as feridas que ainda perduram provocadas por Auschwitz e pela II Guerra Mundial. Com base nas diversas experiências, os participantes trocarão opiniões sobre perspectivas fundamentais para a superação da violência e caminhos de reconciliação, bem como sobre as dificuldades a serem enfrentadas neste percurso”.
Dom Ludwig Schick, arcebispo de Bamberg e presidente da Comissão para a Igreja universal na Alemanha, bem como responsável pelo Conselho de Administração da Fundação Kolbe, explica que “neste ano celebramos também o 80º aniversário da morte de São Maximiliano Kolbe, modelo de caridade e padoreiro da reconciliação para toda a Europa”.
De fato, em 14 de agosto de 1941, o sacerdote franciscano morreu no infame “bunker da fome” do Campo de extermínio de Auschwitz. Ele ofereceu sua vida em troca daquela de um pai de família. Maximiliano foi beatificado em 1971 por Paulo VI e canonizado por João Paulo II em 1982.
Em memória de São Maximiliano Kolbe será realizado um ato comemorativo na tarde do dia 13 de agosto, das 19 às 21 (horário local) no Centro de Diálogo e Oração de Oświęcim/Auschwitz. O evento poderá ser seguido também on-line pela plataforma Zoom.
Caminho de reconciliação
O arcebispo Ludwig Schick afirma ainda que foi percorrido “um longo caminho rumo à reconciliação entre poloneses e alemães e rumo à paz, segundo o espírito do Evangelho. Especialmente neste tempo, marcado de modo particular por tantos desafios políticos no Oriente e no Ocidente, a experiência da reconciliação permanece um importante marco de orientação e encorajamento para enfrentar os desafios pela paz”.
O Seminário europeu portanto – disse o arcebispo ao concluir – contribui para “fortalecer o caminho para a cura e a reconciliação em todo o continente”. O encontro também irá “formar uma rede europeia de apoio para atividades semelhantes”. Enfim, “à luz da experiência pandêmica da Covid-19, torna-se cada vez mais clara a imensa importância de construir pontes e manter relações de confiança”.