Seiscentos caminhões de suprimentos por dia. Segundo a ONU, essa é a necessidade atual dos palestinos na Faixa de Gaza. Diante desse cenário de fome na Faixa de Gaza, a Arquidiocese de Porto Alegre lançou, nesta terça-feira, uma campanha para ajudar o povo palestino.
Reportagem de Sidinei Fernandes
Imagens de Reuters e Arquidiocese de Porto Alegre
Caminhões carregados de ajuda humanitária chegam ao campo de refugiados de Khan Younis, na faixa de Gaza. O formigueiro humano avança na esperança de agarrar um pouco de comida. “O alimento que chega não dá para todo mundo”, diz esse palestino.
Autoridades locais e a ONU afirmam que precisam de 600 caminhões por dia para suprir as necessidades básicas dos palestinos. Israel disse que vai permitir a entrada gradual de mantimentos e que o trabalho deve ser coordenado pela Cruz Vermelha.
Enquanto decidem como evitar que mais pessoas percam a vida por inanição, aqui no Brasil a igreja busca fazer sua parte. Hoje, a Arquidiocese de Porto Alegre lançou uma campanha de ajuda humanitária em conjunto com entidades assistenciais gaúchas para amenizar o drama do povo palestino.
“Nós estamos vendo nesses dias, através justamente da imprensa, os Médicos Sem Fronteiras e outras entidades, organizações da sociedade civil da ONU também, crianças esqueléticas morrendo de fome. Os números destes dias são assustadores. Não se pode usar a fome como arma de guerra. Isso é inadmissível”, afirmou o arcebispo de Porto Alegre e presidente da CNBB, Cardeal Jaime Spengler.
A ideia é arrecadar recursos e encaminhar a instituições de ajuda humanitária na faixa de Gaza. “E depois lá eles que estão sobre o território ou no território sabem e têm consciência do que é mais necessário e urgente para aquela população, até porque transportar medicação ou alimentos outra forma de auxílio, daqui para lá para nós, seria um muito difícil”, concluiu Dom Jaime.