Remoção para a Itália aconteceu em abril de 2024 para restauração; peça ressurge agora, preservando sua história e devoção
Reportagem de Cristiane Monteiro
Canção Nova Notícias
![](https://img.cancaonova.com/cnimages/canais/uploads/sites/11/2025/02/Imagem2025-02-12-19h40m01s393.jpg)
Foto: Reprodução TV Canção Nova
Na Terra Santa, o altar da Capela Latina da Crucificação, na Basílica do Santo Sepulcro, foi removido para a Itália para um trabalho de restauração. A remoção aconteceu em abril de 2024. Nesta quarta-feira, 12, o altar retornou ao seu lugar totalmente restaurado, limpo e polido. A peça ressurge agora, com sua beleza, preservando sua história e devoção.
“O altar é lindo, a parte superior foi projetada para envolver a pedra da unção, na entrada da Basílica. Mas a pedra era grande demais. Então não pôde ser colocado ali. Dessa forma, os frades de San Salvador, juntamente com a comunidade local, criaram um obra de ferro forjado para elevar o relicário, para que se tornasse um altar”, afirma o presidente do Santo Sepulcro, padre Stéphane Milovitch, ofm.
Antes de retornar ao seu lugar privilegiado no Calvário, a obra foi exposta no museu Marino Marini, em Florença, onde visitantes do mundo inteiro puderam admirá-la. “Estamos muito felizes que, neste Ano Jubilar de 2025, possamos ter o altar do Calvário completamente renovado. De fato, no primeiro domingo da Quaresma, o Patriarca virá aqui e entrará solenemente na Basílica do Santo Sepulcro. No Ano Jubilar, peregrinos e cristãos locais poderão ver este lindo altar novamente”, diz padre Milovitch.
Um fato curioso sobre o doador do altar, o Duque Ferdinando de Médici. Na época que ele doou a obra, era ao mesmo tempo cardeal e duque. Sendo o segundo filho, não seria ele a assumir a herança familiar, mas, com a morte do irmão, ele se tornou o Grão-Duque da Toscana. “No canto do altar, além do brasão dos Médici, podemos ver a coluna grã-ducal e, acima do chapéu, o galero cardinalício. Algo muito raro ver um soberano que também seja cardeal. Mas o altar foi oferecido quando ele era tanto cardeal quanto duque. Isso é uma pequena particularidade”, afirmou o sacerdote.
A obra foi oferecida tanto pela Igreja Universal, pelo Grão-Ducado da Toscana, mas também pela Igreja local, que pode ser admirada em Jerusalém.