EMERGÊNCIA HUMANITÁRIA

Ajuda à Igreja que Sofre presente onde as pessoas sofrem

A Pontifícia Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) lança novas iniciativas para apoiar cristãos perseguidos e vítimas de guerra em países como Síria e Líbano

Da redação, com Vatican News

Mãe segura o corpo do filho de apenas três meses que morreu de fome / Foto: Reprodução Reuters

A filial polonesa da Pontifícia Fundação Ajuda à Igreja que Sofre está atualmente desenvolvendo projetos humanitários na Síria, Líbano, Nigéria, República Democrática do Congo, Terra Santa e Ucrânia.

Em entrevista ao Vatican News, seu diretor, Pe. Prof. Jan Witold Żelazny, detalhou os esforços e o compromisso contínuos da Fundação.

Esperança tangível

A Ajuda à Igreja que Sofre continua sua missão de levar assistência onde quer que as pessoas sofram com a guerra e a perseguição. “Queremos estar presentes nos lugares onde a Ajuda à Igreja que Sofre já atua. Não podemos deixar essas pessoas sem apoio agora”, disse o Pe. Żelazny.

Nas próximas semanas, representantes da Fundação planejam visitas à Síria e ao Líbano, onde a ACN vem reconstruindo comunidades cristãs há anos.

Em 10 de outubro, representantes da Ajuda à Igreja que Sofre se encontraram no Vaticano com o Papa Leão XIV, que recebeu seu relatório sobre liberdade religiosa e expressou sua gratidão pelo compromisso da organização.

O Santo Padre assegurou que a Igreja está ao lado de seus fiéis perseguidos. Ele também enfatizou que “a liberdade religiosa não é apenas um direito ou um privilégio; é um fundamento que torna possível a reconciliação autêntica”.

Igreja Ortodoxa Grega de Santo Elias, no distrito de Dweila, em Damasco, na Síria, após um ataque / Foto: Divulgação ACN

Projetos nas periferias

Entre as iniciativas atuais da Ajuda à Igreja que Sofre estão projetos na República Democrática do Congo e na Nigéria. “São lugares onde as pessoas sofrem por causa da violência e da luta pelos recursos naturais, uma maldição e uma bênção para aquela terra. Isso também se aplica aos nossos projetos de assistência à Nigéria. Nosso Dia de Solidariedade na Polônia será dedicado precisamente à Nigéria”, anunciou o Pe. Żelazny.

Entre os que devem vir à Polônia está o Bispo John Bakeni, um dos clérigos que enfrentou a ameaça de morte por sua fé em Cristo.

A organização também está presente em Belém, onde seus voluntários auxiliam as Irmãs de Santa Isabel no cuidado de crianças traumatizadas pela guerra.

“Sem essa ajuda, o cristianismo no Oriente Médio será destruído”, admitiu o diretor da seção polonesa da Ajuda à Igreja que Sofre.

A assistência também chega à Ucrânia — principalmente Odessa e áreas vizinhas — apesar dos perigos constantes.

“Em nossas atividades, colocamos em prática os ensinamentos da Igreja, incluindo a exortação recentemente publicada Dilexi te, sobre o amor aos pobres”, disse o Pe. Żelazny.

Destruição em Beirute, no Líbano / Foto: Reuters Connect

Quem apoiar

A Fundação também desenvolve um projeto na Polônia, auxiliando conventos de clausura que perderam suas propriedades.

“Continuamos enviando doações per capita e apoiando mosteiros que não têm meios de subsistência (…) As irmãs nos dizem que esta é uma ajuda muito significativa e concreta”, observou o Pe. Żelazny.

O chefe da seção polonesa da Ajuda à Igreja que Sofre garantiu que cada doação é gasta de forma consciente e transparente. A Pontifícia Fundação na Polônia também apoia a formação de clérigos da África e da Ásia.

“Em Camarões, um bispo me disse: ‘Padre, se o senhor me der mais 600 euros, posso aceitar mais um seminarista’. Reclamamos da falta de vocações, enquanto ele me diz que o número de candidatos que ele pode admitir no seminário depende do apoio que oferecemos. Isso mostra a importância da formação sacerdotal, tanto localmente quanto aqui”, destacou o Pe. Żelazny.

Uma mensagem que convoca à ação

Durante o encontro no Vaticano, o Papa lembrou que a obra da Ajuda à Igreja que Sofre nasceu da experiência da Segunda Guerra Mundial. Trata-se de oferecer ajuda para “curar feridas e estender as mãos em paz. Foi precisamente dessa atitude que nasceu a nossa missão — a Fundação do Perdão — um amor que não só ajuda em tempos de pobreza, mas também ensina a perdoar”, concluiu o Pe. Żelazny.

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