Acolhimento, oração e cuidado com o próximo são princípios da Pastoral da Saúde. A ação organizada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil é tema da quarta reportagem da série dedicada às vocações. Uma missão que acontece nas casas, nos hospitais ou nos encontros dentro da Igreja, com o objetivo de amparar os que sofrem.
Reportagem de Emerson Tersigni e Genilson Pacetti
É na adoração ao Santíssimo Sacramento que agentes da pastoral da saúde encontram forças e disposição para melhor servirem. “A pastoral era tida como pastoral dos enfermos, então ficava restrita às quatro paredes de um quarto, de um hospital, mas nós tratávamos de outros assuntos em relação àquela pessoa enferma. Então, por isso ela passou a ser pastoral da saúde, que a saúde é mais ampla, mais complexa e abrange todos os ciclos da vida”, apontou, da Pastoral da Saúde, da Diocese de Taubaté(SP), Ana Regina de Oliveira Gama.
A Igreja em saída é colocada em prática por aqui. Fomos até o HMUT, Hospital Municipal Universitário de Taubaté, acompanhar a missão dos agentes da Pastoral da Saúde. Em cada leito, a esperança de dias melhores e a gratidão pelo testemunho de missão. “Você está bem de coração aberto, porque sempre a Palavra de Deus é sempre bom.
É um acalento pro coração como Deus conforta e aquece”, expressou o paciente do HMUT de Taubaté(SP), Gleiciano Melo Santos.
“A gente tem aqui muitos pacientes que vem e ficam uma internação longa, às vezes meses aqui com a gente. Então a gente vê a diferença do paciente quando ele tem esse acolhimento, essa visita. E a pastoral da saúde ela traz não só esse apoio emocional, mas também um apoio espiritual que é muito importante para o paciente no momento de fragilidade”, declarou a assistente social, Regiane de Oliveira.
E nas casas o testemunho continua. “Para nós é um, nós somos prestigiados, por ter essas pessoas vindo visitar minha mãe aqui. Pessoas do bem, pessoas de luz, pessoas que trazem alegria e nós somos muito bem acolhidos por elas, principalmente minha mãe. O carinho, amor que eles têm e o respeito pela minha mãe. Minha mãe sempre foi de Igreja, uma pessoa muito religiosa, inclusive ela era da Pastoral da Saúde também. Eu valorizo o amor que eles têm pela minha mãe, o carinho, o respeito, a dedicação. Estão sempre presente, o que precisar pode contar com eles”, contou o assistido pela Pastoral da Saúde, Miro Silva Marcelo.
“Por isso, todos nós, cristãos batizados, não podemos abandonar aqueles irmãos enfermos que hoje estão debilitados e não conseguem mais viver a sua fé na vida da comunidade.
Para o doente, a pior doença é a solidão. Nós sabemos que o dia inteiro você ficar olhando para as mesmas paredes e não tem com quem conversar, esta é a doença que dói mais no coração dos enfermos”, completou da Paróquia Maria Mãe da Igreja de Taubaté(SP), o padre Odilo Hoepers.