Ao receber homenagem, secretário de Estado do Vaticano destacou boas relações da Santa Sé com país africano e citou promoção do diálogo
Da Redação, com Vatican News
Foto: Reprodução Youtube
O secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, destacou as “boas relações” entre Santa Sé e o Marrocos. Ele foi homenageado na noite desta quarta-feira, 7, sendo nomeado membro honorário da Academia Real de Marrocos pelo Rei Mohamed VI.
A academia reúne intelectuais, cientistas e representantes do mundo da cultura. Trata-se de uma instituição que tem como missão, entre outras coisas, promover o diálogo entre culturas e civilizações.
“Estes objetivos somam-se às perspectivas do Papa Francisco”, observou o cardeal, “que tem a grande preocupação em promover um espírito de fraternidade entre os homens de todas as religiões e culturas”. Ele também destacou a importância do diálogo para “viver juntos, valorizar-se, construir um mundo pacífico”, apesar das diferenças.
O religioso acrescentou que, diante do “contexto internacional extremamente preocupante de guerras e conflitos, que muitos gostariam de ver degenerar em conflito de civilização ou em guerra de religiões”, é essencial “opor-se ao fanatismo e ao fundamentalismo com a solidariedade de todos crentes”.
Memória à Declaração de Rabat
A embaixadora do Marrocos junto à Santa Sé, Rajae Naji Mekkaou, comentou os esforços do país africano pela paz na Terra Santa: “O Marrocos sempre insistiu no primado de uma solução política para o conflito israelo-palestino, com a criação de um Estado palestino com Jerusalém Oriental como capital, preservando o carácter particular da cidade santa”, afirmou.
Ela também falou sobre as relações com a Santa Sé, recordando os esforços do Cardeal Jean Louis Tauran em favor do diálogo com os países muçulmanos. Falecido em 2018, o então presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso (hoje Dicastério) assinou a Declaração de Rabat no ano anterior com a Real Academia de Marrocos. A declaração apelou à continuação do diálogo entre cristãos e muçulmanos, “uma necessidade para a paz, a segurança e o bem-estar das sociedades”.
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