Participantes da assembleia refletiram, na manhã desta quarta-feira, 28, sobre implementação do Documento final publicado em outubro do ano passado
Da Redação, com CNBB

Secretário adjunto do Sínodo dos Bispos, Dom Luís Marín de San Martín, participa por videoconferência da 40ª Assembleia Geral do Celam / Foto: Luiz Lopes Jr/CNBB
Na manhã desta quarta-feira, 28, os participantes da 40ª Assembleia Geral do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam) refletiram sobre a recepção do Sínodo sobre a Sinodalidade, cuja última sessão foi realizada em outubro de 2024.
Por videoconferência, o secretário adjunto do Sínodo dos Bispos, Dom Luís Marín de San Martín, deu indicações sobre a fase de implementação da Assembleia Sinodal, vivida pela Igreja atualmente. Ele tomou como base de sua partilha a Constituição Apostólica Episcopalis Communio, do Papa Francisco, e explicou que a fase de implementação é essencialmente prática, na qual as dioceses recebem os resultados do Sínodo.
O ponto de partida e de chegada da implementação, recordou Dom Luís Marin, é o povo de Deus, e os organismos de participação devem existir em todas as dioceses, com pleno funcionamento. Segundo ele, a “sinodalidade não é um fim em si mesmo, mas aponta para a missão”.
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Viver a sinodalidade
Algumas indicações foram oferecidas aos bispos, a partir das premissas de que a sinodalidade deve ser uma dimensão constitutiva da Igreja, envolvendo as dioceses, as conferências episcopais e todos os seus organismos. Outro ponto destacado pelo secretário adjunto do Sínodo é que o material básico é o documento final, que deve ser lido não como um livro de literatura, mas como documento de trabalho.
“A sinodalidade é um caminho de renovação espiritual dos indivíduos, das comunidades, da Igreja”, afirmou Dom Luís Marin. Além disso, é um caminho de reforma estrutural. “Temos de tomar decisões para mudar estruturas, que são um meio, e, se não servem, se muda”, pontuou.
Dom Luís Marin também motivou os participantes a superar o perigo da indefinição, que é observado em alguns lugares, e a não apenas falar da sinodalidade, mas vivê-la. Neste contexto, uma das indicações práticas para a aplicação das decisões do Sínodo sobre a Sinodalidade compartilhadas é a sugestão de integrar a colaboração entre os organismos continentais, ajudando outros continentes e enriquecer-se com as contribuições a partir das outras realidades.
Outras reflexões
As reflexões continuaram com o diretor do Centro de Formação do Celam (Cebitepal), Rafael Luciani, que tratou do processo de recepção do Sínodo na América Latina. Ele recordou a 37ª Assembleia do Celam, em 2019, como momento importante para promover um processo de renovação e reestruturação institucional do organismo continental, apontando para a sinodalidade.
A Comissão responsável pela recepção do Sínodo na América Latina e no Caribe partilhou o trabalho realizado, e os bispos seguiram dialogando sobre o trabalho de recepção do Sínodo e da Assembleia Eclesial em seus países.