O Vaticano anunciou, nessa terça-feira, 7, a primeira viagem apostólica do Papa Leão XIV. No fim de novembro, o Pontífice estará na Turquia para celebrar os 1700 anos do Concílio de Niceia, e depois segue para o Líbano, país marcado por conflitos e que aguarda sua visita como sinal de esperança.
Imagens de Reuters, Vatican News e Roger Ferrari
Reportagem de Danúbia Gleisser e Adilson Sabará
Na residência papal de Castel Gandolfo, Leão XIV falou aos jornalistas sobre os dois anos do ataque do grupo Hamas a Israel, que desencadeou a guerra na faixa de Gaza. “Foram dois anos muito dolorosos. Precisamos refletir sobre quanto ódio existe no mundo e o que podemos fazer a respeito”, disse o Papa.
Ele recordou os mais de 67.000 palestinos mortos no conflito e afirmou que o número nos faz pensar na dimensão da violência e da maldade de que o ser humano é capaz. De acordo com o Santo Padre, a humanidade precisa redescobrir a capacidade de dialogar e de buscar soluções pacíficas.
Para o Pontífice é dever de todos rejeitar o terrorismo e proclamar sempre a paz e o respeito pela dignidade de cada pessoa. O Papa também comentou o anúncio de sua primeira viagem internacional como chefe da Igreja: Turquia e Líbano entre 30 de novembro e 2 de dezembro.
Leão XIV descreveu a visita como um momento importante e recordou que era uma jornada desejada pelo Papa Francisco em nome de todos os cristãos. A primeira parada será na Turquia para comemorar os 1700 anos do Concílio de Nicéia que aprovou o credo recitado todo domingo em nossas Igrejas.
O Pontífice disse anteriormente que Nicéia não é apenas um evento do passado, mas uma bússola que deve continuar a guiar a Igreja em direção à plena unidade visível de todos os cristãos.
A viagem começa em 30 de novembro, dia em que os católicos e ortodoxos celebram o Santo André, irmão de Pedro. Em entrevista à mídia vaticana, o patriarca de Constantinopla demonstrou alegria de receber o Papa em Nicéia e reafirmou a convicção de seguir no caminho do diálogo ecumênico e do compromisso das duas Igrejas diante dos desafios globais.
Para o Papa este momento histórico da visita não se trata de olhar para trás, mas para a frente, para o futuro. No Líbano, o Pontífice pretende proclamar mais uma vez a mensagem de paz em um país que enfrentou tantas dores.
Ele recordou que o Papa Francisco desejava ir até lá abraçar o povo libanês, especialmente após a explosão no porto de Beirute e outras crises que atingiram a nação. Agora, cabe a Leão XIV levar essa mensagem de esperança ao povo libanês e a todo Oriente Médio.




