NOSSA SENHORA DE GUADALUPE

Que o ódio não marque a história da humanidade, pede Papa a Maria

Leão XIV celebrou a Missa em honra a Nossa Senhora de Guadalupe nesta sexta-feira, 12, e dirigiu súplicas a Virgem Maria durante sua homilia

Da Redação, com Vatican News

A imagem ilustra o Papa Leão XIV, junto a um diácono (à esquerda), inclinando-se, em sinal de reverência, diante de uma imagem de Nossa Senhora de Guadalupe na Basílica de São Pedro.

Papa Leão XIV se inclina diante da imagem de Nossa Senhora de Guadalupe / Foto: REUTERS/Remo Casilli

O Papa Leão XIV presidiu a Missa na Basílica de São Pedro nesta sexta-feira, 12, por ocasião da festa de Nossa Senhora de Guadalupe. A celebração se deu toda em espanhol.

Em sua homilia, o Pontífice explicou que, durante toda a sua existência, a Virgem Maria leva alegria onde a alegria humana não basta, onde o vinho se esgotou. O mesmo aconteceu no monte Tepeyac, onde despertou nos habitantes da América a alegria de saberem ser amados por Deus.

Em meio a conflitos incessantes, injustiças e dores que buscam alívio, Nossa Senhora proclama o núcleo de sua mensagem: “Não estou eu aqui, que sou tua mãe?”. “É a voz que faz ressoar a promessa da fidelidade divina, a presença que sustenta quando a vida se torna insuportável”, comentou o Santo Padre.

Homilia em forma de oração

A partir desse ponto, o Papa prosseguiu em forma de oração, apresentando os anseios humanos que são dirigidos a Nossa Senhora:

“Mãe, ensina às nações que querem ser seus filhos a não dividir o mundo em bandos irreconciliáveis, a não permitir que o ódio marque sua história nem que a mentira escreva sua memória. Mostra-lhes que a autoridade deve ser exercida como serviço, não como domínio. Instrui seus governantes em seu dever de custodiar a dignidade de cada pessoa em todas as fases da vida. Faze desses povos, teus filhos, lugares onde cada pessoa possa sentir-se acolhida”.

Leão XIV pediu também pelos mais jovens, “para que obtenham de Cristo a força de escolher o bem e a coragem de permanecer firmes na fé, ainda que o mundo os empurre em outra direção”, afastando deles as ameaças do crime, das dependências e do perigo de uma vida sem sentido.

Aos que se afastaram da Igreja, o Pontífice suplicou a Maria que derrube os muros que nos separam e traga de volta para casa, transformando o coração daqueles que semeiam discórdia ao desejo de Jesus de que todos sejam um, já que não deve haver espaço para a divisão dentro da comunidade eclesial.

“Onde chega a Boa Nova tudo se torna belo”

A oração do Santo Padre foi ainda para que Maria fortifique as famílias para que os pais eduquem com ternura e firmeza, de modo que cada lar seja escola da fé, e que os educadores formem mentes e corações para que transmitam a verdade. Ele também pediu que Nossa Senhora sustente o clero e a vida consagrada na fidelidade cotidiana, renovando seu primeiro amor, protegendo-os da tentação, animando-os no cansaço e socorrendo os abatidos.

“Virgem Santa, ajuda-nos a compreender que, embora destinatários, não somos donos dessa mensagem, mas, como São Juan Diego, somos seus simples servidores. Que vivamos convencidos de que onde chega a Boa Nova tudo se torna belo, tudo recupera a saúde, tudo se renova. Ajuda-nos para não manchar com nosso pecado e miséria a santidade da Igreja que, como tu, és mãe”, expressou.

Leão XIV concluiu pedindo auxílio a si mesmo, Sucessor de Pedro, para que Nossa Senhora o confirme no único caminho que conduz ao Fruto bendito do seu ventre todos os que lhe foram confiados. “E faze que, confiando em tua proteção, avancemos cada vez mais unidos, com Jesus e entre nós, rumo à morada eterna que Ele nos preparou e na qual tu nos esperas”, finalizou.

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