Leão XIV respondeu a perguntas dos jornalistas durante o voo rumo ao Líbano, frisou papel da Turquia na promoção da paz e falou sobre possíveis encontros futuros
Da Redação, com Vatican News
Papa Leão XIV respondeu perguntas de jornalistas durante voo rumo ao Líbano / Foto: Andreas Solaro/Pool via REUTERS
Durante o voo da Turquia rumo ao Líbano neste domingo, 30, o Papa Leão XIV respondeu a algumas perguntas dos jornalistas que o acompanharam a bordo.
O Pontífice cumprimentou os presentes no avião, desejando que todos “tenham tido dias agradáveis na Turquia, assim como eu”. “Acho que foi uma experiência maravilhosa”, acrescentou, agradecendo ao país que o acolheu.
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Questionado sobre o papel que a Turquia pode desempenhar na promoção da paz mundial, o Santo Padre refletiu que essa questão está diretamente ligada ao tema de sua viagem. Ele destacou que o país conta com uma maioria muçulmana e também algumas comunidades cristãs e pessoas de outras religiões capazes de viver em paz.
“É um exemplo, eu diria, daquilo que todos nós estamos buscando no mundo inteiro. Além das diferenças religiosas, além das diferenças étnicas, além de muitas outras diferenças, as pessoas podem viver em paz”, afirmou. Esta experiência, indicou, pode ajudar a Turquia a promover a paz no mundo.
Promoção da paz em Gaza e na Ucrânia
Na sequência, Leão XIV recebeu uma pergunta sobre os conflitos em Gaza e na Ucrânia. Ele reiterou a solução proposta “já há vários anos” pela Santa Sé de dois Estados. “Todos sabemos que, neste momento, Israel ainda não aceita essa solução, mas nós a vemos como a única solução que poderia oferecer uma saída para o conflito que vivem continuamente. Somos também amigos de Israel e buscamos, com ambas as partes, ser uma voz mediadora que possa ajudar a aproximar-nos de uma solução com justiça para todos”, salientou.
O Pontífice mencionou o presidente da Turquia, Tayyip Erdoğan, que também apoia essa proposta. O Santo Padre também sublinhou a atuação do líder turco na mediação de conversas entre a Rússia e a Ucrânia. “Infelizmente, ainda não vimos uma solução, mas hoje novamente há propostas concretas para a paz. E esperamos que o presidente Erdogan, com sua relação com o presidente da Ucrânia, da Rússia e dos Estados Unidos, possa ajudar, nesse sentido, a promover o diálogo, o cessar-fogo e encontrar maneiras de resolver esse conflito, essa guerra na Ucrânia”, ressaltou.
Possível encontro em Jerusalém em 2033
Por fim, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, sugeriu ao Papa que falasse sobre possíveis encontros futuros. Leão XIV afirmou que sugeriu, após os encontros em Niceia na sexta-feira, 28, e na manhã do sábado, 29, um evento conjunto em 2033, quando se completarão dois mil anos da Ressurreição de Jesus.
“A ideia foi acolhida. Ainda não fizemos o convite, mas existe a possibilidade de celebrar, por exemplo, em Jerusalém, em 2033, este grande evento da Ressurreição. Há anos ainda para prepará-lo. Mas foi um encontro muito bonito, porque cristãos de diferentes tradições estiveram presentes e puderam também participar nesse momento”, concluiu
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