Nesta segunda-feira, o Papa Leão XIV renovou a tradição de rezar pela alma dos cardeais e bispos falecidos durante o ano. Durante a Santa Missa, o Pontífice pediu pela alma do Papa Francisco.
Reportagem de Danúbia Gleisser e Daniele Santos
Próximo ao túmulo de Pedro, Leão XIV presidiu a Santa Missa em sufrágio do falecido Papa Francisco, dos cardeais e bispos que morreram durante o ano.
“Com grande afeto oferecemos pela alma eleita do Papa Francisco, que faleceu após abrir a porta e conceder a bênção pascal a Roma e ao mundo. Graças ao jubileu, esta celebração, para mim, a primeira, adquire um sabor especial, o sabor da esperança cristã”, falou o Papa.
O Santo Padre disse que a palavra de Deus, ao apresentar a história dos discípulos de Emaús, resume o significado de todo este ano santo, representa vivamente a peregrinação da esperança que passa pelo encontro com Cristo ressuscitado. E o ponto de partida é a experiência da morte.
O Papa também falou das mortes violentas em que tantos inocentes falecem e nos deixam desanimados e desesperados. “Quantas pessoas, quantos pequeninos, mesmo em nossos dias, sofrem o trauma dessa morte terrível, porque ela é desfigurada pelo pecado”, refletiu o Santo Padre.
O pontífice disse também que o amor de Cristo crucificado e ressuscitado transfigurou a morte. De inimiga fez dela irmã, domou-a e diante da morte não nos entristecemos como os outros que não tem esperança.
“Ficamos tristes, é claro, quando um ente querido nos deixa. Ficamos escandalizados quando um ser humano, especialmente uma criança, um pequenino, um frágil, é levado pela doença, ou pior, pela violência humana. Como cristãos, somos chamados a carregar com Cristo o peso dessas cruzes”, continuou ele.
Segundo o Papa, nem mesmo a morte mais trágica pode impedir que o nosso Senhor acolha a nossa alma nos seus braços e transforme o nosso corpo mortal, mesmo o mais desfigurado, a imagem do seu corpo glorioso. E explicou que por essa razão os cristãos não chamam os locais de sepultamento de necrópolis, isto é, cidades dos mortos, mas de cemitérios, que significa literalmente dormitórios, lugares onde se repousa, aguardando a ressurreição.
Como profetiza o salmista, ‘em paz me deito e adormeço, pois só tu, Senhor, me fazes habitar em segurança’. Ao final disse que o Papa Francisco e os cardeais e bispos, por quem hoje oferecemos o sacrifício eucarístico, viveram, testemunharam e ensinaram esta nova esperança pascal e desejou: “que suas almas sejam purificadas de toda mancha e que brilhem como estrelas no céu”, declarou o Pontífice.
E neste final de semana, na missa da celebração de Todos os Santos e encerramento do Jubileu do Mundo Educativo, o Papa Leão declarou o Doutor da Igreja São John Henry Newman.
Esse teólogo e filósofo inglês ficou conhecido por sua contribuição significativa à teologia e à educação católica. “É uma grande alegria inscrever São John Henry Newman entre os doutores da igreja e ao mesmo tempo, por ocasião do Jubileu do Mundo Educativo, nomeá-lo co-padroeiro com São Tomás de Aquino, de todos os agentes que participam no processo educativo”, concluiu Leão XIV.




