Leão XIV presidiu a missa deste domingo na Paróquia de Santa Ana, no Vaticano, com ênfase no evangelho do dia, que adverte sobre o apego aos bens materiais
Da Redação, com Vatican News

Leão XIV preside missa na paróquia de Santa Ana / Foto: Reprodução Vatican Media
“Quem serve a Deus liberta-se da riqueza, mas quem serve a riqueza permanece escravo dela!”. Com uma reflexão centrada no Evangelho deste domingo, 21, o Papa Leão XIV presidiu a Missa na paróquia de Santa Ana, no Vaticano.
A liturgia traz o trecho bíblico em que Jesus afirma que “nenhum servo pode servir a dois senhores”, portanto, “não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (cf. Lc 16,13). Uma reflexão que desafia cada um a examinar atentamente sua relação com Deus e com os outros, observou o Papa. Ele explicou que Jesus pede uma posição clara e coerente entre Deus e a riqueza: é preciso decidir por um verdadeiro estilo de vida.
Leão XIV destacou que a sede de riqueza leva ao risco de substituir Deus quando se considera que é ela que pode salvar a vida. A tentação é pensar que sem Deus se pode viver bem, enquanto sem riquezas há tristeza e aflição. Mas a mente humana foi feita para planejar uma sociedade melhor, não para buscar negócios ao melhor preço, ressaltou.
“Hoje, em particular, a Igreja reza para que os governantes das nações sejam libertados da tentação de usar a riqueza contra o homem, transformando-a em armas que destroem os povos e em monopólios que humilham os trabalhadores. Quem serve a Deus liberta-se da riqueza, mas quem serve a riqueza permanece escravo dela! Quem busca a justiça transforma a riqueza em bem comum; quem busca o domínio transforma o bem comum em presa da própria ganância.”
Perseverar com esperança
Ao final da homilia, o Papa agradeceu pelo generoso apostolado desenvolvido na paróquia de Santa Ana. Ele exortou os paroquianos a perseverarem com esperança num tempo seriamente ameaçado pela guerra.
“Povos inteiros são hoje esmagados pela violência e, mais ainda, por uma despudorada indiferença, que os abandona a um destino de miséria. Diante desses dramas, não queremos ser submissos, mas proclamar com a palavra e com as obras que Jesus é o Salvador do mundo, Aquele que livra de todo mal. Que o seu Espírito converta nossos corações para que, alimentados pela Eucaristia, tesouro supremo da Igreja, possamos nos tornar testemunhas da caridade e da paz”, concluiu.
Sobre a paróquia de Santa Ana
A igreja visitada hoje pelo Papa está na fronteira entre o território italiano e aquele pontifício. A região é um dos acessos ao Vaticano, ao lado da Praça São Pedro. Instituída em 1929, foi confiada à Ordem Agostiniana, a mesma de Leão XIV.
O Pontífice se sentiu em casa. Saudou o pároco local, padre Mario Millardi, e o novo Prior Geral da Ordem de Santo Agostinho, padre Joseph Farrell. Leão XIV também saudou o padre Gioele Schiavella, que completou 103 anos recentemente.
Pe. Robert Francis Prevost era o Prior dos agostinianos quando o Papa Francisco celebrou nesta paróquia poucos dias depois de eleito, em 17 de março de 2013.