Festa de Santo Estêvão

Papa: poder algum prevalece sobre a obra de Deus

Papa Leão XIV rezou o Angelus na festa de Santo Estêvão, primeiro mártir da Igreja, um testemunho da graça divina mesmo em meio ao martírio

Da Redação, com Santa Sé

O Papa Leão XIV aparece na janela do palácio apostólico acenando aos fiéis

Leão XIV acena aos fiéis da janela do Palácio Apostólico / Foto: REUTERS/Remo Casilli

Por ocasião da festa de Santo Estêvão, celebrada nesta sexta-feira, 26, o Papa Leão XIV rezou a oração mariana do Angelus com os fiéis reunidos na Praça São Pedro. O Pontífice destacou o testemunho deste santo que foi o primeiro mártir da Igreja, que morreu perdoando, com uma força mais verdadeira do que a das armas.

“Hoje é o “natal” de Santo Estêvão, como costumavam dizer as primeiras gerações cristãs, certas de que não se nasce apenas uma vez. O martírio é o nascimento para o céu: efetivamente, um olhar de fé, mesmo na morte, não vê apenas escuridão.”, disse o Papa logo no início de sua reflexão.

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O Santo Padre observou que o relato dos Atos dos Apóstolos testemunha que quem viu Estêvão caminhar para o martírio ficou surpreendido com a luz do seu rosto e das suas palavras. O rosto de Estêvão era como o de um anjo, “o rosto de quem não passa indiferente pela história, mas a enfrenta com amor. Tudo o que Estêvão faz e diz representa o amor divino que se manifestou em Jesus, a Luz que brilhou nas nossas trevas.”

O cristão não tem inimigos, mas irmãos

Leão XIV frisou que o nascimento do Filho de Deus convida cada um a viver como filho de Deus. Apesar da beleza de Jesus ter sido rejeitada, até hoje, poder algum prevalece sobre a obra de Deus. “Em todo o mundo há quem escolha a justiça, mesmo que isso tenha um custo, quem anteponha a paz aos próprios medos, quem sirva os pobres em vez de se servir a si mesmo. Então, apesar de tudo, brota a esperança e faz sentido estar em festa.”

Nas condições de incerteza e sofrimento do mundo atual, a alegria pareceria impossível, observou o Santo Padre. Assim, quem acredita na paz e escolheu o caminho desarmado de Jesus e dos mártires é frequentemente ridicularizado. Mas o Papa frisou que o cristão não tem inimigos, mas irmãos e irmãs, e o mistério do Natal traz esta alegria motivada pela tenacidade de quem já vive a fraternidade e reconhece à sua volta, até nos adversários, a dignidade dos filhos de Deus.

“Por isso, Estêvão morreu perdoando, tal como Jesus: por causa de uma força mais verdadeira do que a das armas. É uma força gratuita, já presente no coração de todos, que se reativa e se comunica de forma irresistível quando alguém começa a olhar de modo diverso para o seu próximo, a oferecer-lhe atenção e reconhecimento. Sim, isto é renascer, isto é vir novamente à luz, isto é o nosso Natal!”.

O Pontífice concluiu sua reflexão com uma prece a Maria, para que possa levar cada um a entrar nessa alegria que dissolve todo o medo e toda a ameaça.

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