#JUBILEU2025

Papa: "Peregrinos de Esperança" é um programa de vida

Na Audiência Jubilar na Praça São Pedro, o Papa recorda que “nos problemas e belezas do mundo, Jesus nos espera e nos envolve, pedindo-nos que trabalhemos com Ele”

Da redação, com Vatican News

Papa Leão XIV durante a Audiência Jubilar / Foto: Evandro Inetti – ZUMA Press Wire via Reuters Connect

O Advento ensina a espera, que “não é passiva”. Ajuda a cultivar a esperança, prepara-nos para estar com Jesus e ensina-nos a discernir os sinais dos tempos. É um tempo fecundo que conduz ao Natal, no qual Deus envolve cada um de nós em sua história. O Papa Leão XIV explicou isso em sua catequese na Audiência Jubilar deste sábado, 6 de dezembro, na Praça de São Pedro, precedida pela passagem, como faz habitualmente, no papamóvel entre os trinta mil peregrinos presentes, detendo-se brevemente para saudar e abençoar muitas crianças.

O Pontífice, recordando Maria, José, os pastores, Simão e Ana, e muitos outros, enfatiza que todos são chamados a participar.

É uma grande honra, e que vertigem! Deus nos envolve em sua história, em seus sonhos. Esperar, então, é participar. O lema do Jubileu, “Peregrinos de Esperança”, não é um slogan que ficará ultrapassado em um mês! É um programa de vida: “Peregrinos de Esperança” significa pessoas que caminham e esperam, não ociosamente, mas participando.

Inteligência, coração e mangas arregaçadas

Participar esperando e lendo os sinais dos tempos, que o Concílio Vaticano II nos ensinou a interpretar juntos, nunca sozinhos. “São sinais de Deus”, afirma o Pontífice, “de Deus que vem com o seu Reino, através de circunstâncias históricas. Deus não está fora do mundo, fora desta vida.” Ele é Deus-conosco em meio às mais diversas realidades em que a humanidade é chamada a buscá-lo, explica o Papa, “com inteligência, coração e mangas arregaçadas!” Uma missão que o Concílio confiou principalmente aos leigos.

Nos problemas e nas belezas do mundo, Jesus nos espera e nos envolve, pedindo-nos que trabalhemos com Ele. É por isso que esperar é participar!

Marvelli: um mundo melhor se escolhermos o bem

A esperança como participação tem um rosto para o Papa Leão XIV, e é o do beato Alberto Marvelli, um jovem da Ação Católica que viveu na primeira metade do século passado e cujo modelo foi Pier Giorgio Frassati. Criado em sua família na escola do Evangelho, não deixou de condenar a Segunda Guerra Mundial em diversas ocasiões; era um jovem altruísta.

“Em Rimini e arredores”, conta o Papa, “dedicou-se com todas as suas forças a ajudar os feridos, os doentes e os deslocados. Muitos o admiravam por sua dedicação altruísta e, após a guerra, foi eleito conselheiro e encarregado da comissão de habitação e reconstrução. Assim, ingressou na vida política ativa.” Enquanto se dirigia de bicicleta para um comício na noite de 5 de outubro de 1946, um caminhão militar o atropelou. Ele tinha apenas 28 anos.

Alberto nos mostra que ter esperança é participar, que servir ao Reino de Deus traz alegria mesmo em meio a grandes riscos. O mundo se torna melhor se abrirmos mão de um pouco de segurança e tranquilidade para escolher o bem. Isso é participar.

Um sorriso nos lábios

O exemplo de Alberto suscita questões. “Perguntemo-nos”, questiona Leão XIV, “estou participando de alguma boa iniciativa que mobilize meus talentos? Tenho a perspectiva e o fôlego do Reino de Deus quando realizo algum serviço? Ou o faço resmungando, reclamando que tudo está indo mal?” A resposta também está no próprio rosto.

Um sorriso nos lábios é o sinal da graça dentro de nós. Ter esperança é participar: este é um dom que Deus nos dá. Ninguém salva o mundo sozinho. E nem mesmo Deus quer salvá-lo sozinho: Ele poderia, mas não quer, porque juntos é melhor. Participar nos permite expressar e internalizar mais profundamente aquilo que, em última análise, contemplaremos para sempre, quando Jesus finalmente retornar.

Dar nos torna mais felizes

Em sua saudação aos poloneses, o Papa recorda São Nicolau, “um bispo conhecido por sua sensibilidade aos necessitados”. “Aprendamos”, afirma ele, “que dar nos torna mais felizes do que receber”. O Pontífice expressa então a esperança de que a participação de crianças e jovens nas Missas, celebradas durante o Advento, ajude a “desenvolver a virtude da esperança na expectativa do Santo Natal”.

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