Noite de Natal

Papa na Missa do Galo: Natal é festa da fé, da caridade e da esperança

Leão XIV presidiu a primeira Missa do Galo de seu pontificado destacando a luz que ilumina a humanidade: o Menino Jesus que mostra a aurora de vida nova

Da Redação, com Santa Sé

O Papa Leão XIV paramentado com vestes litúrgicas beija a imagem do Menino Jesus

Papa Leão XIV beija a imagem do Menino Jesus / Foto: Reprodução Vatican Media

O Natal é um tempo de gratidão e missão, uma festa da fé, da caridade e da esperança, onde se celebra o nascimento de Jesus, luz que ilumina qualquer treva. Esta foi a mensagem que o Papa Leão XIV deixou aos fiéis em sua primeira Missa do Galo, celebrada nesta quarta-feira, 24, na Basílica de São Pedro.

O Pontífice começou a homilia lembrando que, por milênios, as pessoas olhavam para o céu contemplando as estrelas, buscando no alto algo que faltava aqui embaixo. E nesta noite de Natal, Deus enviou a estrela que surpreende o mundo, iluminando com a salvação a noite humana. “Não há trevas que esta estrela não ilumine, porque à sua luz toda a humanidade vê a aurora de uma existência nova e eterna.”

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Leão XIV destacou que, com Jesus, Deus não dá algo para a humanidade, mas doa a si mesmo. O sinal dado a um mundo às escuras é um menino envolto em panos deitado numa manjedoura. Assim, não é mais preciso olhar para o alto, e sim contemplar o que está embaixo.

“A onipotência de Deus resplandece na impotência de um recém-nascido; a eloquência do Verbo eterno ressoa no primeiro choro de um bebê; a santidade do Espírito brilha naquele corpinho recém-lavado e envolto em panos. É divina a necessidade de cuidado e calor, que o Filho do Pai partilha na história com todos os seus irmãos. A luz divina que irradia deste Menino ajuda-nos a ver o homem em cada vida nascente.”

O Deus que se torna homem

Para iluminar a cegueira humana, Deus quis revelar-se como homem ao homem, observou o Papa. Assim, não há espaço para Deus se não houver espaço para o homem,“não acolher um significa não acolher o outro”, disse ele citando uma reflexão da homilia do Papa Bento XVI no Natal de 2012.

O convite de Leão XIV, então, foi que os fiéis admirem essa sabedoria do Natal, quando Deus dá ao mundo uma vida nova. Não se trata de uma ideia que resolve todos os problemas, mas uma história de amor que envolve a humanidade.

“Perante as expectativas dos povos, Ele envia um bebê, para que seja palavra de
esperança; perante a dor dos miseráveis, Ele envia um indefeso, para que seja força para se
levantarem; perante a violência e a opressão, Ele acende uma luz suave que ilumina com a salvação
todos os filhos deste mundo. (…) enquanto uma economia distorcida leva a tratar os homens como mercadoria, Deus torna-se semelhante a nós, revelando a infinita dignidade de cada pessoa. Enquanto o homem quer tornar-se Deus para dominar o próximo, Deus quer tornar-se homem para nos libertar de toda a escravidão.”

Gratidão e missão

O Santo Padre recordou também seu predecessor, o Papa Francisco, que na Missa do Galo do ano passado, abertura do Jubileu 2025, lembrou que o Natal reaviva em cada um o dom e o compromisso de levar a esperança onde ela se perdeu. “Agora que o Jubileu se aproxima do seu termo, o Natal é para nós um tempo de gratidão e missão. Gratidão pelo dom recebido, missão para o testemunhar ao mundo.”

Por fim, o Santo Padre lembrou que a contemplação do Verbo feito carne suscita em toda a Igreja uma palavra nova e verdadeira. Assim, deve-se proclamar a alegria do Natal, que é festa da fé, da caridade e da esperança. “É festa da fé, porque Deus se faz homem, nascendo de uma Virgem. É festa da caridade, porque o dom do Filho redentor se realiza na dedicação fraterna. É festa da esperança, porque o Menino Jesus a acende em nós, tornando-nos mensageiros da paz.”

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