Testemunhas de esperança

Papa: migrantes, uma nova força vital para as paróquias que os acolhem

Papa Leão XIV enviou mensagem à rede “Catholic Charities” dos Estados Unidos e pediu apoio contínuo aos migrantes e refugiados

Da redação, com Vatican News

Mensagem do Papa é lida na 115º encontro anual da rede “Catholic Charities USA / Foto: Facebook Catholic Charities USA

Agir no “estilo” de Deus feito de proximidade, compaixão e ternura, ajudando quem chega aos Estados Unidos em busca de uma nova oportunidade e continuar sendo “construtores de pontes entre nações, culturas e povos”. Este é o cerne da mensagem do Papa Leão XIV, enviada por ocasião do 115º encontro anual da rede “Catholic Charities USA”, que está em andamento nesta semana em San Juan, Porto Rico, com a presença de cerca de 600 pessoas.

A rede, que no ano passado ajudou mais de 15 milhões de pessoas necessitadas, foi fundada em 1910 e inclui 168 agências independentes comprometidas em fornecer “alimentação, abrigo, assistência médica, assistência jurídica e muitos outros gestos de gentileza”, escreve o Pontífice.

O estilo de Deus

O Papa recorda que o encontro se realiza no contexto do Jubileu da Esperança, que o Papa Francisco, na Bula de Proclamação do Ano Santo, define como “desejo e expectativa do bem, mesmo sem saber o que o amanhã reserva”. Leão XIV exorta as instituições da Catholic Charities a se tornarem “agentes de esperança” para os milhões de pessoas que recorrem à Igreja nos Estados Unidos em busca de assistência.

Dentre essas pessoas, encontram-se os mais vulneráveis, migrantes e refugiados, que “não podem contar com os próprios recursos e dependem de Deus e da bondade dos outros. De muitas maneiras”, enfatiza o Papa, “o seu ministério concretiza a providência do Senhor para eles”. Essa abordagem, o próprio Papa Francisco definiu como o “estilo” de Deus, feito de proximidade, compaixão e ternura.

Missionários da esperança

Além de suas necessidades concretas, o Papa se detém na riqueza que os migrantes levam como “testemunhas de esperança”, pois demonstram não apenas confiança em Deus, mas também “resiliência, tendo que superar muitos obstáculos durante sua viagem”.

“Em particular”, acrescenta o Pontífice, “os migrantes e refugiados católicos se tornaram missionários da esperança em muitas nações”, levando como legado “uma fé viva e devoções populares que, muitas vezes, revigoram as paróquias que os acolhem”.

Construtores de pontes

A ajuda oferecida torna-se a força motriz para sermos “construtores de pontes entre nações, culturas e povos”. “Encorajo-os a continuar ajudando as comunidades que acolhem estes irmãos e irmãs recém-chegados a serem testemunhas vivas da esperança, reconhecendo a sua dignidade humana intrínseca e convidando-os a participar plenamente na vida da comunidade”, conclui o Papa Leão, abençoando todos aqueles que trabalham neste campo.

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