NO VATICANO

Papa Leão XIV volta a clamar pelo fim das guerras

Os povos precisam de paz. Com essa exortação durante a oração mariana do Angelus, Leão XIV voltou a clamar pelo fim das guerras e declarou que não há futuro baseado em violência.

Reportagem de Roger Ferrari
Imagens de Vatican News                                                                                                                                             

Há meses, as imagens de palestinos fugindo da cidade de Gaza, em carros, caminhões, carroças improvisadas e até mesmo a pé, chegam aos meios de comunicação de todo mundo. Muitos seguem a ordem de retirada do exército israelense. Uma migração forçada que, somada a tantos martírios, comove o coração do Papa Leão XIV.

Após rezar a oração Mariana do Ângelus, o Santo Padre falou às associações católicas empenhadas em ajudar o povo da faixa de Gaza. O Pontífice renovou o apelo de paz e destacou: “Não há futuro baseado em violência”.

Leão XIV disse apreciar a iniciativa de associações como o movimento Focolares, Renovação Carismática, Ação Católica Italiana e tantas outras que expressam proximidade que sofrem naquela terra martirizada com orações e gestos concretos e repetiu: “Não há futuro baseado em violência, exílio forçado e vingança. Os povos precisam de paz. Quem ama a verdade trabalha pela paz”, disse o Papa.

Mais de 450.000 pessoas fugiram de Gaza. Cerca de 90% da população local está devastada por mais de 23 meses de guerra. Há quem não consiga se deslocar, idosos, pessoas com deficiência e famílias que não podem mais viajar. A crise humanitária piora a cada dia. A faixa de Gaza sofre com fome generalizada. A maior parte da infraestrutura foi destruída por bombardeios e aos poucos hospitais que ainda funcionam carecem de medicamentos, equipamentos e pessoal.

As autoridades de Israel informaram que para acomodar os refugiados que fogem da cidade, há uma zona humanitária de aproximadamente 42 km² para colher mais de 2 milhões de pessoas. De acordo com os Médicos Sem Fronteiras, o espaço não é suficiente para acomodar a todos.

Reino Unido, Canadá e Austrália se uniram a outros 150 países e reconheceram o Estado Palestino. Pelo menos 10 outros países deverão fazer o mesmo durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, os Estados Unidos vetaram a adesão plena da Palestina às Nações Unidas em 2024.

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