O Bispo de Roma expressa pesar e proximidade espiritual após o ataque à Paróquia do Beato Anuarite em Komanda, na República Democrática do Congo, neste domingo
Da redação, com Vatican News

Foto: Yara Nardi – Reuters / Reprodução Redes Sociais
“Que o sangue destes mártires se torne uma semente de paz, reconciliação, fraternidade e amor para o povo congolês”, escreveu o Papa em sua mensagem após um ataque brutal a uma igreja católica na cidade de Komanda, na República Democrática do Congo.
Quase 40 pessoas foram mortas no domingo, 27, na província de Ituri, no leste do Congo, quando rebeldes invadiram uma igreja católica durante uma vigília e abriram fogo contra fiéis.
Pelo menos 38 pessoas, incluindo mulheres e crianças, foram confirmadas mortas na igreja, enquanto outras cinco foram mortas em um vilarejo próximo.
Em telegrama enviado ao Arcebispo Mugalu, Presidente da Conferência Episcopal Congolesa, em nome do Papa, o Cardeal Pietro Parolin afirma: “Sua Santidade, o Papa Leão XIV, tomou conhecimento com consternação e profunda tristeza do ataque perpetrado contra a Paróquia do Beato Anuarite em Komanda, que causou a morte de vários fiéis reunidos para o culto”.
Esta tragédia, prossegue, “convoca-nos ainda mais urgentemente a trabalhar pelo desenvolvimento humano integral da população martirizada daquela região”.
Concluindo o telegrama, o Papa Leão XIV concede sua bênção apostólica à Paróquia do Beato Anuarite, às famílias enlutadas, aos fiéis da República Democrática do Congo e a toda a nação.
Milícias extremistas
De acordo com as autoridades congolesas, os ataques na cidade de Komanda, na região devastada pelo conflito, foram realizados pela Força Democrática Aliada, um grupo rebelde apoiado pelo Estado Islâmico que tem como alvo principalmente moradores de vilarejos no leste do Congo e do outro lado da fronteira com Uganda.
A ADF tem raízes em Uganda desde a década de 1990. Após a derrubada do ditador Idi Amin, uma coalizão de vários grupos descontentes considerou o novo governo do presidente ugandense Yoweri Museveni como antimuçulmano. Desde então, o grupo se tornou uma força poderosa, mas foi expulso dos territórios de Uganda e agora opera nas áreas de fronteira entre Uganda e Congo, frequentemente visando civis em vilarejos remotos.