O Papa Leão XIV e o presidente da Itália, Sergio Mattarella, se encontraram oficialmente nesta manhã em Roma. A visita, realizada no Palácio do Quirinal, simboliza o diálogo constante entre a Igreja e o Estado italiano na busca por paz, justiça e fraternidade entre os povos.
Reportagem de Roger Ferrari e Daniele Santos
Ao ultrapassar os muros do Vaticano, a fiel guarda Suíça esperava Leão X, que seguiu para o Palácio do Quirinal, onde foi recebido pelo presidente Mattarella. No discurso, o líder italiano falou do horror das guerras, inteligência artificial, caminhos autênticos de reconciliação, liberdade e dignidade.
Como bispo de Roma e primaz da Itália, o Santo Padre expressou ser significativo renovar com esta visita o vínculo que une a sé de Pedro ao povo italiano. “O primeiro compromisso que desejo recordar é o de paz”, disse o Papa. O Pontífice citou as situações de sofrimento que ferem a humanidade e, segundo ele, exigem respostas urgentes e ao mesmo tempo perspicazes. “As guerras que devastam o nosso planeta são numerosas e ao ver as imagens, ler as notícias, ouvir as vozes, encontrar as pessoas que são dolorosamente atingidas e ecoam fortes e proféticas às palavras dos meus antecessores”, disse o Santo Padre.
Leão renovou o apelo para o restabelecimento da paz em todas as partes do mundo. Lembrou da celebração no próximo ano oitavo centenário da morte de São Francisco de Assis, padroeiro da Itália e com isso enfatizou a oportunidade urgente do cuidado da Casa Comum, e ainda alertou que nas últimas décadas se viu na Europa um fenômeno de queda significativa da natalidade.
“Isso exige um compromisso na promoção de escolhas a favor da família”, comentou o Santo Padre, ao salientar a necessidade de apoio aos esforços e promoção de valores e proteção às necessidades e direitos de cada família.
Por fim, agradeceu pela assistência oferecida pela Itália aos migrantes, que cada vez mais batem à suas portas e pelo empenho na luta contra o tráfico de seres humanos. “Trata-se de desafios complexos dos nossos tempos, diante dos quais a Itália nunca recuou”, lembrou o pontífice que encorajou a manter sempre viva a atitude de abertura e solidariedade.
Ao final, o Santo Padre disse que a Itália é um país de imensa riqueza, muitas vezes humilde e oculta, e que, por isso, às vezes precisa ser descoberta e redescoberta.
“É esta a bela aventura na qual encorajo todos os italianos a se lançarem para extrair esperança e enfrentar com confiança os desafios presentes e futuros”, concluiu o Papa




