Leão XIV recebeu, no Vaticano, as religiosas de São Basílio Magno, Filhas da Divina Caridade, Agostinianas do Amparo e Franciscanas dos Sagrados Corações
Da Redação, com Vatican News

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O Papa Leão XIV recebeu em audiência nesta segunda-feira, 30, na Sala Clementina, no Vaticano, as representantes de alguns institutos religiosos femininos. Algumas estão em Roma por ocasião do Capítulo Geral, outras para a peregrinação jubilar. “Em ambos os casos, vocês vêm ao túmulo de Pedro para renovar seu amor ao Senhor e sua fidelidade à Igreja”, disse o Santo Padre.
O Pontífice recordou que as religiosas pertencem a congregações nascidas em momentos e circunstâncias diferentes: Irmãs da Ordem de São Basílio Magno, Filhas da Divina Caridade, Irmãs Agostinianas do Amparo, Irmãs Franciscanas dos Sagrados Corações. No entanto, o Santo Padre afirmou que as histórias dessas congregações demonstram uma dinâmica comum, cuja luz de grandes modelos de vida espiritual do passado – como Agostinho, Basílio, Francisco, através da ascese, da coragem e da santidade de vida de fundadores e fundadoras, inspirou e fez crescer novas formas de serviço, especialmente em relação aos mais frágeis: crianças, meninos e meninas pobres, órfãos, migrantes, aos quais, com o tempo, se somaram os idosos e os doentes, além de muitos outros ministérios de caridade.
Vocação
“A alternância dos acontecimentos do seu passado e a vivacidade do presente deixam claro como a fidelidade à antiga sabedoria do Evangelho é o melhor propulsor para quem, impulsionado pelo Espírito Santo, empreende novos caminhos de doação, dedicados ao amor a Deus e ao próximo, na escuta atenta dos sinais dos tempos”, afirmou ainda o Papa.
Leão XIV citou que no Concílio Vaticano II foi sublinhada a importância de que nos institutos religiosos dedicados aos serviços de caridade, “toda a vida […] dos membros seja imbuída de espírito apostólico e toda a sua ação apostólica seja animada pelo espírito religioso”, para que os religiosos “correspondam à sua vocação de seguir a Cristo e a servir a Cristo nos seus membros […] em íntima união com Ele”.
Senhor sacia a sede de vida
Depois, o Pontífice recordou Santo Agostinho, que falando sobre a primazia de Deus na vida cristã, afirmou que Deus é o tudo, o seu tudo. “Se você está com fome, Deus é o seu pão; se você está com sede, Deus é a sua água; se você está nas trevas, Deus é a sua luz que não tem ocaso; se você está nu, Deus é o seu manto imortal”.
Essas palavras, apontou Leão XIV, são boas para gerar os seguintes questionamentos: “até que ponto isso é verdade para mim? Até que ponto o Senhor sacia minha sede de vida, de amor e de luz?”. Perguntas que, segundo o Santo Padre, são importantes, pois foi esse arraigamento em Cristo que levou muitos a fazerem coisas que talvez nunca tivessem pensado poder realizar, permitindo-lhes lançar as sementes do bem que, atravessando séculos e continentes, hoje alcançaram praticamente o mundo inteiro.
“Algumas de vocês, como mencionado, estão engajadas no Capítulo Geral, outras estão aqui para o Jubileu, de qualquer forma, trata-se de fazer escolhas importantes das quais depende o futuro de vocês, das irmãs e da Igreja”, acrescentou o Papa, recordando as palavras que São Paulo dirigiu aos cristãos de Éfeso: “Que Cristo habite em seus corações pela fé, para que, estando enraizados e alicerçados no amor, vocês possam compreender, com todos os santos, qual seja a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que supera todo conhecimento, para que vocês fiquem repletos de toda a plenitude de Deus”.
Por fim agradeceu as religiosas pelo trabalho e fidelidade: “Que a Virgem Maria as acompanhe, junto com a minha bênção”.