Abandono confiante em Deus

Papa exalta missão de religiosas em lugares dilacerados pela violência

Leão XIV recebeu quatro  grupos de religiosas, frisou o exemplo de suas fundadoras, “mulheres de coragem”, e o testemunho dado ao estarem ao lado de quem sofre

Da Redação, com Vatican News

Foto: Evandro Inetti/ZUMA Press Wire via Reuters

O Papa Leão XIV recebeu em audiência nesta segunda-feira, 22, quatros grupos de religiosas que participam dos capítulos gerais e assembleias de suas congregações. Ele recordou as histórias de suas fundadoras, “mulheres fortes e corajosas” que não hesitaram em correr riscos e enfrentar problemas para abraçar os projetos de Deus.

As famílias religiosas recebidas em audiência foram: Irmãs de São Paulo de Chartres, Missionárias Salesianas de Maria Imaculada, Irmãs de Santa Catarina Virgem e Mártir, Carmelitas Descalças da Terra Santa.

Em seu discurso às presentes, o Pontífice também se concentrou na atualidade internacional e no empenho das religiosas carmelitas descalças na Terra Santa, que ficam ao lado das pessoas em dificuldade. “O que vocês estão fazendo é importante, com a sua presença vigilante e silenciosa em lugares tristemente dilacerados pelo ódio e pela violência, com o seu testemunho de abandono confiante em Deus, com as suas orações constantes pela paz. Todos nós os acompanhamos com as nossas orações e, através de vocês também, nos aproximamos daqueles que sofrem.”

Mulheres de coragem e fidelidade

Leão XIV fez memória de Regina Protmann, Maria Gertrudes do Preciosíssimo Sangue, Marie-Anne de Tilly e Santa Teresa d’Avila, as fundadoras. Definiu-as como mulheres “intimamente unidas a Deus”, dedicadas ao bem de toda a Igreja, empenhadas em consolidar em todo o mundo o reino de Cristo, “mulheres corajosas” de que o mundo precisa hoje.

“Estamos falando de mulheres extraordinárias que partiram em missão em tempos difíceis; que se curvaram sobre as misérias morais e materiais dos ambientes mais abandonados da sociedade; que, para estar perto dos necessitados, arriscaram suas vidas, até mesmo perdendo-as pela violência brutal em tempos de guerra.”

O Santo Padre evocou um antigo hino da Liturgia das Horas para explicar o segredo delas. Trata-se de ter dominado a carne com o jejum, alimentado a mente com o doce alimento da oração e saciado a sede com as alegrias do Céu. São comportamentos que remetem às “raízes” da vida consagrada, pontuou, tanto na contemplação como no compromisso apostólico. Em ambas as formas, a força da fidelidade é Cristo, e “a ascese, a oração, os Sacramentos, a intimidade com Deus” e “com a Sua Palavra” nada mais são do que “meios para haurir das suas riquezas”.

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