Leão XIV foi abordado por jornalistas ao deixar Castel Gandolfo e comentou a recordação do ataque que desencadeou o conflito que já dura dois anos
Da Redação, com Vatican News

Leão XIV concede entrevista aos jornalistas / Foto: Reprodução Vatican News
Ao deixar Castel Gandolfo nesta terça-feira, 7, o Papa Leão XIV respondeu a algumas perguntas dos jornalistas, uma delas sobre a recordação dos dois anos do ataque do Hamas contra Israel. O ato desencadeou a ofensiva israelense na Faixa de Gaza, em curso até os dias atuais.
“Foram dois anos muito dolorosos”, disse o Papa. “É preciso refletir sobre quanto ódio existe no mundo e começar a nos perguntar o que podemos fazer. ?”.
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Mencionando as 1200 pessoas que morreram no ataque terrorista e depois, em dois anos, em aproximadamente 67 mil palestinos que também foram mortos, Leão XIV disse que se pode pensar em quanta violência e maldade o homem é capaz de fazer. “É necessário reduzir o ódio, devemos retornar à capacidade de dialogar, de buscar soluções de paz.”, reiterou.
O Pontífice destacou ainda que não se pode aceitar o terrorismo. Também expressou preocupação com os atos de antissemitismo. E concluiu com uma exortação à paz: “Devemos sempre anunciar a paz e o respeito pela dignidade de todas as pessoas.”
Viagem a Turquia e Líbano
Mais cedo, a sala de imprensa da Santa Sé havia anunciado a primeira viagem apostólica de Leão XIV, à Turquia e Líbano. Questionado pelos jornalistas sobre os motivos desta viagem a uma região geopolítica tão delicada e tensa, explicou: “A viagem à Turquia é motivada pelo aniversário de 1.700 anos do Concílio de Niceia. Acredito que seja um momento verdadeiramente importante. É uma viagem que o Papa Francisco queria fazer. Para todos os cristãos, será um momento de autêntica unidade na fé. Este momento histórico não deve ser perdido, mas não é para olhar para trás, é para olhar adiante.”
E sobre a ida ao Líbano, o Papa comentou que pretende, sobretudo, levar consolo a um povo cujo sofrimento se intensificou desde a explosão no porto de Beirute, em 4 de agosto de 2020. “No Líbano, terei a possibilidade de proclamar mais uma vez a mensagem de paz no Oriente Médio, num país que tanto sofreu. O Papa Francisco também queria ir lá. Ele queria dar este abraço ao povo libanês depois da explosão, depois de tudo o que sofreu. Tentaremos levar esta mensagem de paz e esperança.”