No início do Jubileu da Juventude, Leão XIV teve uma audiência especial com um grupo de jovens peregrinos do Peru – país onde foi missionário e bispo
Da Redação, com Vatican News

Foto: Rocco Spaziani/Mondadori Portfolio/Sipa USA
O Papa Leão XIV recebeu em audiência, na manhã desta segunda-feira, 28, uma delegação de jovens peruanos que veio a Roma para participar do Jubileu da Juventude. O Pontífice agradeceu ao grupo, mas também às suas famílias, por terem apoiado a vinda dos jovens “com grandes sacrifícios, para tornar possível esta viagem tão esperada”.
Em seu discurso, o Santo Padre comentou o Evangelho do dia, que narra duas parábolas: a do pequeno grão de mostarda e a do fermento. São dois elementos quase insignificantes, frisou o Papa, todavia, com a força de vida que levam em si, podem se transformar, crescer e servir ao fim para o qual foram criados.
“Também nós somos pequenos, mas não estamos sós. O Senhor quis que fôssemos parte de uma grande família, a Igreja. Incorporados a ela em Cristo, como os cachos à videira, podemos crescer e dar frutos, ajudados pela graça do Senhor.”
Amar e servir
E o Jubileu dos Jovens é isto, acrescentou o Papa, fazer a experiência de se sentir parte do povo de Deus, da Igreja universal, que abarca e abraça toda a Terra, sem distinção de raça, língua ou nação, “espalhando-se como a árvore de mostarda e fermentando como o fermento”.
“Queridos jovens, gostaria que tudo o que viverem durante estes dias permaneça sempre em seus corações, mas que não guardem isso só para vocês. Isto é muito importante: o que viverem aqui que não guardem só para si. Temos que aprender a compartilhar. Por favor, que tudo isso não fique apenas como uma lembrança em belas fotos, algo do passado. Gostaria que, quando voltarem ao Peru, inundassem aquelas terras com a alegria e a força do Evangelho, com a Boa Nova de Jesus Cristo. Que todas as pessoas com quem se encontrarem possam ver em vocês o rosto de Cristo que ama e se entrega, que continua presente em cada batizado.”
Por isso, exortou ainda o Papa Leão, “amem e sirvam gratuitamente, no cotidiano, nas pequenas coisas e nas coisas ocultas, porque vocês experimentaram a alegria de serem amados primeiro e porque receberam tudo gratuitamente de Pai Deus”.
Ser missionário
“As mochilas que os acompanham durante estes dias, levando apenas o essencial, são o sinal da missão que hoje o Papa lhes confia: sejam missionários onde quer que vão, sejam transparência da presença do Senhor, como foram nossos queridos santos peruanos.”
Antes de concluir, o Santo Padre citou seu predecessor, que falava do Peru como “tierra ensantada” (de muitos santos). “Mas que não sejam só do passado, mas santos também de hoje e de amanhã”, completou Leão, confiando os peregrinos a Nossa Senhora da Evangelização.