Durante o Angelus neste domingo, 14, Leão XIV refletiu sobre o Evangelho do dia e destacou como Jesus dá sentido à vida sem luz e sem sabor
Da Redação, com Boletim da Santa Sé

Papa Leão XIV durante o Angelus deste domingo, 14 / Foto: Vatican Media/IPA/Sipa USA via Reuters Connect
Após celebrar a Missa por ocasião do Jubileu dos Detentos neste domingo, 14, o Papa Leão XIV rezou o Angelus junto dos fiéis reunidos na Praça São Pedro. De uma das janelas do Palácio Apostólico, o Pontífice fez uma breve reflexão antes da tradicional oração mariana.
Meditando sobre o Evangelho do dia (Mt 11,2-11), o Santo Padre destacou como São João Batista, mesmo detido na prisão por causa da sua pregação, não perdeu a esperança. “A profecia, embora acorrentada, continua a ser uma voz livre em busca de verdade e justiça”, expressou.
Leão XIV detalhou que, na prisão, o profeta ouve falar das obras de Cristo, que são diferentes das que ele esperava. São João Batista manda então que perguntem a Jesus se Ele é mesmo aquele por quem estavam esperando. “Quem busca a verdade e a justiça, quem espera pela liberdade e pela paz, questiona Jesus”, afirmou o Papa.
“Quando Deus vem ao mundo, vê-se!”
A resposta de Jesus, prosseguiu o Pontífice, orienta o olhar para aqueles que Ele amou e serviu. “São eles – os últimos, os pobres, os doentes – que falam por Ele. Cristo anuncia quem Ele é através das suas ações. O que Ele faz é para todos nós um sinal de salvação. Com efeito, quando encontra Jesus, a vida sem luz, sem palavra e sem sabor reencontra sentido: os cegos veem, os mudos falam, os surdos ouvem”, explicou.
Este é o Evangelho de Jesus, a boa nova anunciada aos pobres: quando Deus vem ao mundo, vê-se!
– Papa Leão XIV
“A palavra de Jesus liberta-nos da prisão do desconforto e do sofrimento: todas as profecias encontram n’Ele o esperado cumprimento”, prosseguiu o Santo Padre. “Na verdade, é Cristo quem abre os olhos do homem à glória de Deus. Ele dá voz aos oprimidos, silenciados pela violência e pelo ódio; Ele vence as ideologias, que impedem de ouvir a verdade; Ele cura das aparências que deformam o corpo”.
Desta forma, sinalizou Leão XIV, o Verbo da vida redimem os homens do mal, que conduz o coração à morte. “Portanto, como discípulos do Senhor, somos chamados neste tempo de Advento a unir a espera do Salvador à atenção ao que Deus faz no mundo”, sublinhou.
“Alegremo-nos, pois, porque Jesus é a nossa esperança, sobretudo nas horas de provação, quando a vida parece perder sentido e tudo se nos apresenta mais sombrio, quando nos faltam palavras e temos dificuldade em ouvir o próximo”, concluiu o Papa.
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