EM ROMA

Na catequese, Papa Leão XIV fala sobre o verdareiro perdão

Na catequese, o Papa Leão XIV ensinou que o verdadeiro perdão não espera o arrependimento do outro, pois é um dom gratuito. Ao final da audiência, o Pontífice clamou à Igreja que a próxima sexta-feira, 22 de agosto, seja um dia de jejum e oração pela a paz e a justiça.

Imagens de Vatican Media e Daniele Santos
Reportagem de Adilson Sabará e Roger Ferrari

O calor de Roma fez mais uma vez o encontro com os fiéis acontecer na sala Paulo VI. Outros acompanharam a catequese na basílica e na praça São Pedro. No ciclo de catequeses sobre a esperança, neste ano jubilar, o pontífice refletiu sobre a última ceia e o perdão. Lavar os pés e oferecer o pão àquele que estava pronto para atraí-lo não é apenas um gesto de partilha, mas demonstra o modo de agir de Deus que ama até o último momento.

“Amar até o fim”, disse o Santo Padre. Esta é a chave para compreender o coração de Cristo, um amor que não se detém perante a rejeição, a desilusão ou mesmo a ingratidão. A liberdade do outro, mesmo perdido no mal, pode ser alcançada pela luz de um gesto bondoso atesta o Papa. Isso porque o verdadeiro perdão não espera pelo arrependimento, mas se oferece primeiro como um dom gratuito, antes mesmo de ser aceito, ensinou.

De acordo com o Pontífice, é aí que o perdão se revela em todo o seu poder. Não é fraqueza, é a capacidade de deixar o outro livre, o amando até o fim. Acrescentou ao destacar que perdoar não é negar o mal, mas vencê-lo com o amor. “O perdão é a oportunidade de salvação”, disse o Papa. Nós também vivemos noites dolorosas e cansativas em que alguém nos magoou ou nos traiu.

Nestes momentos, a tentação é de nos fecharmos para nossa proteção, lembrou Leão XIV, ao concluir que Deus nos mostra a esperança de um outro caminho. Nos ensina que podemos responder com o silêncio da confiança e seguir em frente com dignidade, sem renunciar ao amor. O Papa convidou os presentes a pedir a graça de saber perdoar, mesmo quando incompreendidos ou abandonados.

“Mesmo que a outra pessoa não o aceite e que pareça em vão, o perdão liberta quem dá. O perdão dissolve o ressentimento, restabelece a paz e nos devolve a nós próprios”, concluiu. 

Leão XIV mais uma vez pediu orações pela paz, pois o povo continua ferido por guerras na Terra Santa, na Ucrânia e em muitas outras regiões do mundo. O Pontífice convidou a Igreja a viver nesta sexta-feira memória litúrgica da Bem-Aventurada Virgem Maria, Rainha, a viver um dia de jejum e oração pela paz e que o Senhor enxugue as lágrimas daqueles que sofrem por causa dos conflitos armados. 

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