Trabalhar pela paz

Leão XIV: não há futuro baseado em violência, os povos precisam de paz

“Repito que não há futuro baseado em violência, exílio forçado e vingança”, disse o Papa Leão XIV ao saudar, após o Angelus, instituições católicas que ajudam o povo na Faixa de Gaza

Da Redação, com Vatican News

Fiéis erguem faixa na Praça São Pedro com pedido de paz para Gaza / Foto: IMAGO/Catholicpressphoto via Reuters Connect

Após o Angelus deste domingo, 21, o Papa Leão XIV saudou várias associações católicas empenhadas no trabalho solidário para com o povo na Faixa de Gaza. Ele renovou palavras em prol da paz, destacando que não há futuro baseado em violência.

“Caríssimos, aprecio a vossa iniciativa e muitas outras que, em toda a Igreja, expressam proximidade aos irmãos e irmãs que sofrem naquela terra martirizada. Convosco e com os Pastores das Igrejas da Terra Santa, repito que não há futuro baseado em violência, exílio forçado e vingança. Os povos precisam de paz: quem os ama verdadeiramente, trabalha pela paz.”

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Cenário em Gaza

Mais de 450.000 pessoas fugiram da Cidade de Gaza. Estima-se que 90% da população local, devastada por mais de 23 meses de guerra, foi forçada a deixar suas casas, em muitos casos várias vezes. Mas também há aqueles que não conseguem se deslocar: idosos, pessoas com deficiência e famílias que não podem mais viajar.

A crise humanitária piora a cada dia. A Faixa de Gaza sofre com a fome generalizada, a maior parte da infraestrutura foi destruída por bombardeios e os poucos hospitais que ainda funcionam carecem de medicamentos, equipamentos e pessoal.

Para acomodar os refugiados que fogem da cidade, segundo as autoridades israelenses, há uma zona humanitária um pouco mais ao sul de Khan Younis: teria aproximadamente 42 quilômetros quadrados, mas, segundo a instituição Médicos Sem Fronteiras (MSF), isso não é suficiente para acomodar todos. “Eles esperam que talvez mais de 2 milhões de pessoas sejam abrigadas em 42 quilômetros quadrados. Uma área comparável ao tamanho de Manhattan, cerca de 58 quilômetros quadrados para 1,6 milhão de habitantes”, comenta Jacob Granger, coordenador de emergência de MSF em Gaza.

Neste domingo, o Reino Unido, o Canadá e a Austrália reconheceram o Estado Palestino. Pelo menos dez outros países deverão fazer o mesmo na segunda-feira, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas. Atualmente, o Estado da Palestina é reconhecido por 150 países. Os Estados Unidos vetaram a adesão plena da Palestina às Nações Unidas em 2024.

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