EM ROMA

Cardeais brasileiros realizam coletiva de imprensa, em Roma

Cardeais brasileiros se reuniram com jornalistas em Roma, no fim da tarde desta sexta-feira

Reportagem de Danúbia Gleisser e Leonardo Vieira

 

Na coletiva, o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Porto Alegre (RS), Cardeal Jaime Spengler destacou que a experiência do Conclave foi um encontro de fraternidade, oração e fé. “Momentos de reflexão e de oração. Rezamos muito intensamente nestes dias”, contou.

O arcebispo de São Paulo (SP), Cardeal Odilo Scherer, compartilhou um pouco dos bastidores do Conclave. Ele comentou que houveram intervalos para refeições e períodos de descanso na Casa Santa Marta. Para o purpurado, o ponto mais forte desta experiência foi a grande responsabilidade que todos tinham na escolha do futuro Papa.

O arcebispo do Rio de Janeiro (RJ), Cardeal Orani Tempesta, ressaltou que foi um processo conduzido por Deus, “contradizendo algumas teorias, algumas narrativas do mundo”. Acreditava-se que seria um processo demorado, que ninguém sabia em quem votar. “No entanto, durou 24 horas entre a nossa chegada ao Conclave e o término do Conclave”, lembrou. 

O Conclave foi, antes de tudo, um período de profunda espiritualidade. Até mesmo os cardeais que não participaram, devido ao limite de 80 anos estabelecido para se eleger um Papa, se reuniram em oração por este histórico momento da igreja. 

“Os cardeais eméritos ou octogenários estiveram sempre unidos aos mais novos por meio da oração, apoiando-os e desejando realmente que eles fossem abertos ao Espírito Santo”, disse o arcebispo emérito de Aparecida, o Cardeal Raymundo Damasceno Assis.

Antes da atual missão, Cardeal Robert Prevost esteve em terras brasileiras. Sobre isso, Cardeal Odilo explicou que a visita se deu por conta do novo Papa ter sido superior-geral da Ordem de Santo Agostinho por 12 anos. “Como superior geral, ele visitava as casas dos agostinianos do mundo todo. E eles têm uma presença muito significativa no Brasil”, pontuou.

A relação do Papa com o governo de Donald Trump e o papel da mulher na Igreja também foram questões levantadas pela imprensa. “Tenho certeza que Papa Leão não há de tolher o diálogo, pelo contrário, ele é um homem de muito diálogo, muita escuta”, observou o arcebispo de Manaus, Cardeal Leonardo Ulrich Steiner.

O jornalista da Canção Nova, Ronaldo da Silva, também abordou os cardeais. Na coletiva, ele questionou Dom Paulo: “Nas Congregações Gerais foi refletido sobre o grande desafio interno da Igreja de falar às novas gerações. É também um dos critérios que os senhores levam ou levaram em consideração na escolha deste Papa, o seu aspecto jovial?”. Dom Paulo respondeu:  “Escolhemos porque percebemos que era o homem que poderia guiar bem a Igreja nesse momento. E saliento, quer dizer,  através da nossa escolha nós acreditamos que é o Senhor que dá um pastor para sua Igreja”.

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