O Papa celebrou a inauguração do Capítulo Geral da Ordem de Santo Agostinho, e ressaltou a importância da unidade, humildade e escuta
Da redação

Papa Leão XIV durante a missa de abertura do Capítulo Geral dos Agostinianos / Foto: Reprodução Youtube
O Papa Leão XIV celebrou a missa de abertura do Capítulo Geral dos Agostinianos, na Basílica de Santo Agostinho, em Roma, nesta segunda-feira, 1º de setembro.
“Celebramos esta Eucaristia no início do Capítulo Geral, momento de graça para a Ordem Agostiniana e para toda a Igreja”, disse o Pontífice no início de sua homilia. O Papa citou Pentecostes e a citação de um antigo autor, qua classicava este momento da história da Igreja como um “transbordamento abundante e irresistível do Espírito”. “Peçamos ao Senhor que seja assim também para vós, que seu Espírito prevaleça sobre qualquer lógica humana, para que verdadeiramente a terceira pessoa divina se torne protagonista dos dias vindouros”.
Glossolalia
O Espírito Santo, prosseguiu o Pontífice, fala hoje, como no passado, por meio dos nossos irmãos e das circunstâncias da vida. “Em um primeiro momento, cada fiel […] falava todas as línguas. Agora, o conjunto dos crentes fala em todas as línguas. Portanto, também agora, todas as línguas são nossas, visto que somos membros do corpo que fala”.
E prosseguiu. “Se não todas as do mundo, certamente todas aquelas que Deus sabe serem necessárias para a realização do bem que, em sua providente sabedoria, lhes confia. Vivam, portanto, estes dias em um esforço sincero de comunicar e de compreender, e façam-no como uma resposta generosa ao grande e único dom, de luz e de graça, que o Pai Celestial lhes concede convocando-os aqui para o bem de todos”, observou.
A humildade é também um item primordial à vida dos Agostinianos, ressaltou o Papa. “Santo Agostinho, comentando a variedade de maneiras pelas quais o Espírito Santo se derramou sobre o mundo ao longo dos séculos, interpreta essa multiplicidade como um convite para nos fazermos pequenos diante da liberdade e da imprescritibilidade da ação de Deus”, disse o Papa. “Que ninguém pense ter todas as respostas sozinho. Que cada um compartilhe abertamente o que tem. Que todos acolham com fé o que o Senhor inspira, sabendo que ‘tanto quanto o céu domina da terra’, assim são os seus caminhos acima dos nossos caminhos e os seus pensamentos acima dos nossos pensamentos. Somente assim o Espírito poderá ‘ensinar’ e ‘recordar’ o que Jesus disse, gravando-o em seus corações para que o seu eco se espalhe a partir deles na unicidade e irrepetibilidade de cada pulsação”, disse o Pontífice.
Por fim, o Sucessor de Pedro ressaltou também o valor da unidade, “objeto irrenunciável de seus esforços”, como classificou. “Que seja também o critério de verificação de vosso agir e trabalhar juntos, porque o que une vem d’Ele, mas o que divide não pode o ser”, exaltou.