Em Quito, durante homilia, Papa Francisco pede aos fiéis que deem um autêntico testemunho cristão de comunhão fraterna
Alessandra Borges
Da Redação
Nesta terça-feira, 7 de julho, o Papa Francisco presidiu uma Santa Missa campal no Parque Bicentenário, em Quito, capital do Equador, reunindo aproximadamente dois milhões de pessoas.
Durante sua homilia, o Santo Padre falou aos milhões de fiéis presentes e a todos que acompanharam a reflexão pelos meios de comunicação sobre a importância de um autêntico testemunho cristão com gestos de amor e solidariedade ao próximo. E destacou que “a nossa fé é sempre revolucionária”.
A reflexão do Papa Francisco, na Celebração Eucarística desta terça-feira, 7, foi baseada no Evangelho de São João 17, 11-23, na qual ele comparou o sussurro de Jesus na Última Ceia com o “Bicentenário do Grito de Independência Hispano-Americana”. E destacou que esses gritos devem servir como um belo desafio da evangelização.
“Nós todos juntos, aqui reunidos à volta da mesa com Jesus, somos um grito, um clamor nascido da convicção de que a sua presença nos impele para a unidade, indica um horizonte estupendo, oferece um banquete desejável”, animou o Sumo Pontífice.
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Sua Santidade também recordou aos fiéis que hoje vivemos em um mundo dilacerado pelas guerras e a violência, fato que acaba nos colocando uns contra os outros. E nos convidou a ser testemunhas da evangelização a fim de que consigamos “atrair os afastados com o nosso testemunho, e nos aproximarmos humildemente daqueles que se sentem longe de Deus e da Igreja”.
“É precisamente a este mundo desafiador que Jesus nos envia, e a nossa resposta não é nos fazer de distraídos, argumentar que não temos meios ou que a realidade nos supera. A nossa resposta repete o clamor de Jesus e aceita a graça e a tarefa da unidade”, lembrou o Papa Francisco.
E indicou que a Igreja deve estar em um constante estado de missão para que os cristãos possam testemunhar a evangelização e ir ao encontro dos irmãos, por isso é necessário que haja comunhão entre as pessoas.
“Colocar a Igreja em estado de missão pede-nos para recriarmos a comunhão, pois já não se trata de uma ação voltada só para fora; fazemos missão para dentro e missão para fora, manifestando-nos ‘como mãe que vai ao encontro, uma casa acolhedora, uma escola permanente de comunhão missionária'” (Documento de Aparecida 370), explicou Sua Santidade.
Francisco encerrou sua homilia pedindo aos fiéis que deem um testemunho vivo e verdadeiro da comunhão fraterna.