Capital equatoriana, Quito foi colônia espanhola e tem como marco sua posição geográfica: bem na divisão dos hemisférios Norte e Sul
Jéssica Marçal
Enviada especial a Quito
O Equador tem estado em evidência no noticiário desde que o Papa Francisco chegou ao país no último domingo, 5. Predominantemente católico, o país tem algumas peculiaridades que o distinguem dos demais da América Latina.
A primeira delas é a geografia. A capital Quito é uma espécie de vale; o centro é cercado por montanhas do alto, das quais é possível ter uma vista panorâmica da cidade. De vários pontos da capital também se pode ver os sete vulcões que a cercam, todos eles ativos.
“É uma cidade que tem uma geografia muito particular; atravessá-la de um lado a outro leva, pelo menos, três horas”, explica o professor Charlie Egas, da Pontifícia Universidade Católica do Equador.
Vista panorâmica que se tem da Metade do Mundo – Foto: Jéssica Marçal
Quito está dividida em quatro grandes regiões: Norte, Sul, Quito Moderna e Centro Histórico. Nesta última região, encontram-se várias igrejas e mosteiros, o valor histórico da cidade. Tanto que a capital foi considerada pela Unesco como Primeiro Patrimônio Cultural da Humanidade em 18 de setembro de 1978.
Dois dos pontos mais altos são a colina do El Panecillo, onde está a imagem da Virgem Alada (3 mil metros de altura) e o teleférico, que sobe a uma altura de 4053 metros.
Metade do mundo
Outra característica que não passa batido em Quito é sua posição bem no meio dos hemisférios.A chamada “linha imaginária”, que divide o mundo em Norte e Sul, fica em Quito, um lugar chamado “Metade do Mundo”.
Apesar de atravessar outros 13 países, a linha tem um marco central nesse lugar de Quito. O lugar mais visitado é o Monumento Equatorial, em San António de Pichincha, ao norte da capital. Turistas de várias partes do mundo visitam o monumento para a tradicional foto com um pé em cada parte do globo.
Monumento que representa a divisão entre Hemisfério Norte e Sul – Foto: Jéssica Marçal
História
Localizado a 3300 metros de altitude do nível do mar, está o “Templo de la Patria”, Museu que traz informações sobre a história do Equador desde a época dos incas até a proclamação da república, em 24 de maio de 1822.
Templo de la Patria – Foto: Jéssica Marçal
O Equador foi uma colônia espanhola. Em 6 de dezembro de 1534, os espanhóis fundaram São Francisco de Quito, onde hoje está localizado o Centro Histórico.
Para a independência do país, foi crucial a participação do comandante Simon Bolivar, que, devido à sua importância, tem seu nome em várias avenidas e demais localizações de Quito.
Dividido em cinco salas, o Museu contém pinturas que retratam a história do país, como suas principais batalhas, revoluções e o processo de independência. O ponto turístico começou a ser erguido em 1975, e foi aberto ao público em 1982.
Museu no Templo de la Patria – Foto: Jéssica Marçal
