O mundo enfrenta conflitos e divisões e espera dos cristãos um testemunho de fraternidade, frisou o Papa em sua saudação na catedral armena
Jéssica Marçal
Da Redação
Papa discursa na catedral armena de Etchmiadzin e fala sobre unidade e fraternidade entre cristãos / Foto: Reprodução CTV
Após sua chegada à Armênia nesta sexta-feira, 24, o Papa Francisco visitou a catedral apostólica de Etchmiadzin, para um momento de oração. O Santo Padre estava acompanhado pelo Catholicos de Todos os Armenos, Sua Santità Karekin II.
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O discurso do Papa foi permeado pelo incentivo à unidade entre os cristãos; na Armênia, as igrejas católica e apostólica percorreram um caminho de diálogo fraterno. “Que o Espírito Santo nos ajude a realizar a unidade pela qual rezou nosso Senhor, pedindo que todos os seus discípulos sejam um só e o mundo creia”.
O diálogo entre as duas igrejas já acontece há tempos e foi impulsionado por Suas Santidades Vasken I e Karekin I, por São João Paulo II e por Bento XVI. Como exemplo desse impulso, o Papa citou fatos como a comemoração das Testemunhas da fé do século XX, no contexto do Grande Jubileu do ano 2000; e as visitas que o Patriarca fez ao Vaticano e que João Paulo II fez à Armênia.
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Esse testemunho de unidade se torna ainda mais necessário, segundo o Papa, diante das situações de divisões e conflitos que o mundo enfrenta, além das formas de pobreza material e espiritual. “O mundo espera dos cristãos um testemunho de estima mútua e colaboração fraterna, que faça resplandecer diante de cada consciência o poder e a verdade da Ressurreição de Cristo”.
Francisco lembrou que a Armênia foi a primeira nação cristã e destacou o valor da fé do povo armênio em Cristo: não foi uma espécie de vestido que se põe ou tira quando é conveniente, mas constitui a identidade desse povo.
“Queira o Senhor abençoar-vos por este luminoso testemunho de fé, que demonstra de maneira exemplar, com o sinal eloquente e sagrado do martírio, a poderosa eficácia e fecundidade do Batismo recebido há mais de mil e setecentos anos, que se manteve um elemento constante da história do vosso povo”.
