Peregrinos recordam encontro com o Papa em Aparecida

Tendo acompanhado de perto a homilia de Francisco, no Santuário Nacional, fiéis relatam frases do Papa que marcaram suas vidas

André Cunha
Da Redação

O dia chuvoso e frio, na cidade de Aparecida (SP), em julho do ano passado, parece ter marcado a vida de muitos fiéis que foram à cidade da Padroeira para ver o Papa Francisco.

peregrinos_chuva_aparecida

Mesmo com frio e chuva, peregrinos fizeram fila diante do Santuário Nacional para assistir à Missa com o Papa Francisco em Aparecida / Foto: Arquivo – Canção Nova

O Pontífice visitou o Santuário Nacional durante sua passagem pelo Brasil, no dia 24 de julho de 2013. Na homilia, ele recordou a importância de Maria nos trabalhos e na vida da Igreja. “A Igreja, quando busca Cristo, bate sempre à casa da Mãe e pede: “Mostrai-nos Jesus”. É de Maria que se aprende o verdadeiro discipulado. E, por isso, a Igreja sai em missão sempre na esteira de Maria”.

Acesse
: Homilia do Papa Francisco em Aparecida – 24/07/13
: Fotos do Papa Francisco em Aparecida (SP)
: Todas as matérias especiais do primeiro ano de pontificado de Francisco

flávio_aparecida

Flávio Lopes acompanhou a Missa com Papa pelo rádio, fora da Basílica, junto a milhares de peregrinos. (FOTO: Arquivo pessoal)

Flávio Rogério Lopes, 20 anos, de São Paulo, capital, estava entre os milhares de peregrinos que foram à Basílica de Nossa Senhora ver o Bispo de Roma.

“Chegamos em Aparecida e tivemos de descer a, aproximadamente, 2 km da entrada do Santuário, devido à grande aglomeração de pessoas. Enfrentamos uma fila enorme, além do frio e da chuva. Não conseguimos entrar na Basílica, mas ficamos encostados à grade, por onde o Papa passou de papamóvel após a celebração”.

Flávio conta que estava atento ao Papa, e suas palavras ainda ecoam na memória. Para ele, a frase mais marcante do Pontífice, naquele dia, o faz recordar do incansável amor de Deus. “Deus não se cansa de nos perdoar, somos nós que nos cansamos de pedir perdão a Ele”, disse  Francisco.

“Levo comigo, até hoje, muitas lições com essa experiência, que me ensinou, entre tantas coisas, que a fé é maior que tudo, e que mesmo com todas as dificuldades, a nossa fé foi maior e vivi um dos momentos mais emocionantes da minha vida. Faria tudo novamente, com certeza!”, afirmou.

Rafaelle Rodrigues da Silva, 22 anos, de Volta Redonda (RJ), também estava em Aparecida neste dia 24 de julho. Ela, junto com outras pessoas da caravana, chegou à cidade por volta das 22h do dia anterior. Passou a noite acordada, enfrentou as dificuldades próprias de um evento com grande concentração de pessoas, além do frio e da chuva. No entanto, segundo ela, a alegria em participar de um momento inesquecível, foi muito maior.

rafaelle_aparecida

“Este encontro com o Papa trouxe ao meu coração a vontade de ser mais de Deus”, afirmou Rafaelle Silva. (FOTO: Arquivo pessoal)

“Em todos os momentos conhecíamos pessoas novas, de diferentes lugares e idades, e o mais legal disso tudo era que falávamos a mesma língua: éramos Igreja Católica! E a alegria de sermos Igreja nos encorajava, a todo momento, a não desanimarmos, apesar da chuva e do frio que se prolongou até a chegada do Papa”.

Quando Francisco apareceu, pela primeira vez, no Santuário, relata a jovem, a emoção falou mais alto. “Não pude conter as lágrimas de felicidade que insistiram em rolar em minha face. Foi sublime vê-lo caminhando com sua humildade e amor por onde passava”, recordou.

Logo no início da homilia, Francisco disse: “Quanta alegria me dá vir à casa da Mãe de cada brasileiro, o Santuário de Nossa Senhora Aparecida”. Para Rafaelle, esta frase deixou transparecer toda a devoção do Papa à Virgem Maria, “ensinando-nos que, no caminho da santidade e do Cristianismo, sempre temos uma mãe a nos guiar e a nos conduzir para Deus”.

Por fim, ainda segundo Rafaelle, o encontro com o Papa trouxe a vontade de ser mais de Deus, principalmente por causa da “alegria verdadeira” que o “simples olhar” do Pontífice transmitia.

Após essa experiência, conclui a jovem, “vale a pena abrir mão dos prazeres mundanos para viver a verdadeira alegria que só Deus pode nos dar. Esse encontro trouxe ao meu coração um desejo extremo de ser Igreja, de ser santa!”.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo