Equipe do Jornalismo Canção Nova em Brasília conversou com alguns especialistas sobre o diagnóstico do Papa atingido pela infecção polimicrobiana
Reportagem de Liana Nunes
Canção Nova Notícias
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Foto: Reprodução TV Canção Nova
O termo infecção polimicrobiana ganhou destaque recentemente nos noticiários após o diagnóstico do Papa Francisco. O quadro diz respeito à presença de agentes como vírus, fungos e bactérias no organismo. Com um diagnóstico prévio de bronquite, o organismo do Santo Padre ficou mais vulnerável a invasão dos germes.
“A gente tem uma diminuição da defesa celular, as células que chamam macrófago, que vão fagocitar as bactérias, elas funcionam menos, a parte também do sistema humoral dos linfócitos também tem uma diminuição da função”, explica o geriatra Sabri Lakhdar.
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O tratamento de uma infecção polimicrobiana precisa de cuidado multidisciplinar, como fisioterapia respiratória, hidratação e monitoramento constante dos sinais vitais. Com o sistema imunológico mais frágil em idosos, o cuidado requer ainda mais atenção. “O idoso não é doente, mas ele é mais frágil. Então, certamente, o Papa deve ter tido uma infecção e talvez, na hospitalização, contraiu outra infecção, por isso se fala em uma infecção por múltiplos germes ou alguma coisa assim”, disse o doutor Sabri Lakhdari.
Os microrganismos podem atuar de modo conjunto ou competir entre si causando danos ao organismo. O uso de antibióticos de uma potência maior é indispensável para combater a infecção. Antivirais também são necessários nesse caso. “Os 88 anos de idade do Santo Padre não colaboram com um resultado satisfatório. Somente o dia a dia, a avaliação a cada dia, nós poderemos saber se os antibióticos estão sendo eficazes para combater essa infecção.”