Francisco envia carta a católicos da Estônia em comemoração ao centenário da criação da Administração Apostólica do país do Leste Europeu
Da Redação, com Vatican News
A Santa Sé publicou neste domingo, 3, uma carta do Papa Francisco aos católicos da Estônia. O documento foi enviado ao bispo de Tallinn, Dom Philippe Jourdan, por ocasião do 100º aniversário da criação da Administração Apostólica do país.
Esta celebração, escreve o Pontífice, é um “marco” na história do país e “assinala um século de inabalável fidelidade à fé católica, que permitiu a esta pequena, mas vibrante, Igreja ser uma fonte de compaixão e alimento espiritual para inúmeros homens em toda a nação”.
Neste contexto, o Santo Padre expressa sua gratidão “pelo exemplo de fé” oferecido pelos “corajosos e resilientes ancestrais que foram fundamentais para nutrir e sustentar a comunidade católica na Estônia”. De forma particular, menciona o Servo de Deus Eduard Profittlich, um jesuíta alemão e arcebispo católico naturalizado estoniano, administrador apostólico da Estônia e vítima da perseguição soviética, cuja “força de espírito em permanecer perto de seu rebanho, mesmo a ponto de derramar seu sangue, semeou sementes que ainda estão dando frutos hoje”.
Legado de fé e caridade
Diante deste testemunho, Francisco exprime sua confiança de que “esse admirável legado de fé e caridade que caracteriza sua diocese encorajará a atual geração de sacerdotes, religiosos e fiéis leigos a continuar a crescer em um alegre discipulado missionário enquanto olham para o futuro”.
Lançando um olhar para o tempo atual, especialmente a “guerra atual na Europa”, que é “uma fonte de profunda angústia e ecoa tragicamente os momentos mais sombrios do passado”, o Papa exorta os católicos da Estônia a “construir uma sociedade enraizada na paz, na justiça, na solidariedade e na dignidade de toda pessoa humana” e a colaborar “cada vez mais com os homens de outras denominações cristãs para dar um testemunho unido das promessas de Deus”.
“Que o Espírito Santo”, escreve o Pontífice na conclusão da carta, “os guie para que sejam um sinal eloquente da confiança contínua na providência de Deus e levem os cristãos estonianos, juntamente com todas as pessoas de boa vontade, a estender a mão da amizade aos refugiados e aos mais vulneráveis de nossos irmãos”.