Mais de 150 mil pessoas estiveram na Praça de São Pedro para ouvir o Papa Francisco
Daniel Machado
Enviado especial a Roma
“Hoje não vamos falar de Pelé ou Maradona”, disseram rindo dois senhores argentinos que ficaram ao meu lado durante o primeiro Angelus do Papa Francisco, neste domingo, 17.
Brincadeiras à parte, os irmãos Salvador e Enzo, argentinos que vivem a 25 anos na Itália, testemunharam a alegria de ter um Papa latino-americano como algo indescritível. “Nós da Améria Latina precisávamos de um Papa com o nosso carisma. Viemos de muito longe para saudá-lo”, disse Salvador.
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Neste domingo, uma multidão acompanhou as primeiras palavras do Pontífece dirigidas, de seu apartamento, ao fiés na Praça de São Pedro. Bandeiras, faixas e cartazes de várias línguas deram o tom universal desse primeiro Angelus.
Um número de pessoas vindas de países como Argentina, Chile, Brasil, Equador, entre outros do continente sul-americano, era maior do que o habitual. “A América Latina tem gente muito pobre, e voltar-se para esta gente é a grande revolução deste Papa”, nos contou o argentino Enzo.
Entre os brasileiros, um grupo de seminaristas que estudam em Roma acompanhou as reflexões de Papa Francisco. “Eu já fico com duas coisas muito fortes da pessoa do Papa: humildade e carisma”, disse Erionaldo, da diocese de Campina Grande.
“De fato, será um Papa muito diferente de Bento XVI, não pior ou melhor, como muitas pessoas gostam de comparar, mas pra mim já é um Papa muito próximo do povo”, disse o seminarista Wellingtom da diocese de Campo Grande.
“A imagem que já fica pra mim deste Papa é santidade e humildade. Desde o primeiro dia que o vimos, já se percebe uma figura de pastor e de pai”, disse Augusto de João Pessoa.