Perdão e reconciliação é o caminho da paz, afirma Papa em Vigília

“A violência e a guerra nunca são o caminho da paz”, afirmou o Papa Francisco em Vigília de Oração no Vaticano

Kelen Galvan
Da Redação

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“Ser pessoa humana significa ser o guarda uns dos outros”, afirmou o Papa Francisco na Vigília (CNS photo/Paul Haring)

A Praça de São Pedro, no Vaticano, ficou repleta com os mais de 90 mil fiéis que acolheram o convite do Papa Francisco para a Vigília de Oração pela Paz na Síria e no mundo. Cardeais, bispos, padres, religiosos, religiosas e membros da comunidade muçulmana também participaram do momento de oração.

A Vigília foi dividida em cinco momentos. O primeiro foi dedicado à Virgem Maria, e começou com a procissão e entronização do ícone de  Maria Salus populi Romani (Protetora do povo Romano). Em seguida, os fiéis rezaram o terço com o Papa.

Em cada dezena, além da leitura de um trecho da Bíblia, meditando os mistérios gososos, foram lidas algumas palavras de Santa Terezinha do Menino Jesus, a pedido do Papa Francisco.  Ao término do terço, os fiéis cantaram a ladainha de Nossa Senhora.

Reflexão do Papa

Em um segundo momento, o Santo Padre dirigiu aos fiéis uma breve reflexão, exortando aos países que vivem em conflito, para que cessem “o barulho das armas” e busque-se a paz, verdadeiramente.

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“A violência e a guerra nunca são o caminho da paz… que acabe o barulho das armas, a guerra significa o fracasso da paz… Que soem mais uma vez as palavras do Papa Paulo VI: ‘Nunca mais uns contra os outros… nunca mais a guerra'”.

O Santo Padre levou os presentes a refletirem se ainda é possível ao mundo percorrer o caminho da paz. E, afirmou: “Sim, é possível para todos. E mais ainda, queria que cada um de nós, e os líderes dos países, respondessem ‘sim, queremos'”.

Na meditação, o Papa também recordou o trecho do Gênesis que narra Deus questionando a Caim, sobre seu irmão Abel (cf. Gn 4, 1-16): “Onde está teu irmão Abel?’, questiona Deus, ao qual, Caim responde: “Acaso sou eu o guarda do meu irmão?”

“Sim”, respondeu o Santo Padre, “tu és o guarda do seu irmão. Ser pessoa humana significa ser o guarda uns dos outros. Contudo quando se quebra a harmonia, se produz uma metamorfose, e o irmão se torna algo a suprimir… Quanta violência surge a partir desses momentos, quantas guerras que marcaram nossa história”, destacou.

Francisco explicou que “perdão, diálogo e reconciliação são as palavras da Paz”, seja na Síria ou em todo o mundo. E convidou os presentes a trabalharem pela reconciliação, e serem homens e mulheres de reconciliação e de paz.

Silêncio e oração

Após a reflexão do Papa Francisco, teve início um momento de Adoração Eucarística, intercalada com momentos de silêncio, preces, leitura de trechos bíblicos e orações pela paz dos Papas Pio XII, João XXIII, Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI.

A cada momento da adoração, um incenso era ofertado ao Senhor.  Ao total, foram cinco, representando a Síria, o Egito, a Terra Santa, os Estados Unidos e a Rússia.

O terceiro momento da Vigília foi caracterizado pelo Ofício da leituras, com a leitura de três textos: do livro de Jeremias, do Evangelho segundo São João e das palavras de São Leão Magno, alternando com momentos de silêncio e meditação.

Por fim, o Papa Francisco concedeu a todos sua Benção Apostólica. E concluindo a Vigília, agradeceu aos fiéis pela companhia e fez um último pedido: “Continuemos a rezar pela Paz”.

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