Francisco agradeceu aos panamenhos pela visita e ressaltou a importância de “agradecer mutuamente”
Da redação, com Vatican News
O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta quinta-feira, 13, na Sala do Consistório, no Vaticano, um grupo de peregrinos do Panamá. A delegação veio a Roma para manifestar sua gratidão ao Santo Padre, depois da Jornada Mundial da Juventude realizada no Panamá, em janeiro passado.
Francisco agradeceu aos panamenhos pela visita e ressaltou a importância de agradecer mutuamente. Segundo o Papa, muitas vezes homens e mulheres se esquecem de agradecer e ressaltou a necessidade de agradecer: “Nos enobrece”, afirmou.
O Pontífice disse que “obrigado” é uma das três palavras mágicas que ajudam um casamento a dar certo. “Quando os casais jovens me perguntam, como sobreviver ao casamento, porque hoje temos que dizer assim, nesses termos, eu lhes digo: Olhem, existem três palavras mágicas: permissão, não ser invasivo; obrigado, agradecer ao cônjuge continuamente, e perdão, quando fizer algo errado, peça perdão”, sublinhou.
“Vocês estão praticando uma dessas três palavras mágicas que é gratidão. Também sou muito grato pelo que vi: um povo nobre, repito, e a nobreza não se compra, se gera, se herda, se respira e se vive. Ou você é nobre ou não é. Um certificado não lhe dá a nobreza. Eu encontrei um país nobre. Um país onde o protocolo pesa, mas o protocolo tem necessidade de ser popular também. Quando eu vi autoridades como o presidente, de jeans e camiseta, andando no meio das pessoas, os bispos e sacerdotes envolvidos com o povo, pensei: isso é nobreza, é nobreza do povo, é respeitar e amar o povo”, disse ainda o Papa.
“Sabemos que a América Latina está muito ameaçada por coisas que tendem a quebrar essa nobreza. Esta nobreza que vem do nosso sangue. Que a Virgem nos defenda disso”, frisou o Pontífice. O Papa agradeceu ao grupo de panamenhos pelo trabalho minucioso em favor das crianças, que somente uma alma e um povo nobre podem fazer.
O Santo Padre continuou: “Hoje, devemos fortalecer a ponte “crianças-avós” a fim de recuperar as raízes, a memória das raízes. Não se retorna às raízes para se esconder. Isso é o que fazem os fundamentalistas, não, isso não. Mas, peguem a seiva das raízes e cresçam e floresçam. Deem frutos a partir das raízes, não da primeira teoria vendida pelo império. Não, isso não. Não deixem que entrem nisso as colonizações ideológicas, que são aquelas que matam a nobreza. Essa ponte ajudará a própria identidade”.
No final do encontro, Francisco falou sobre outro aspecto nobre do Panamá que é a capacidade de integração e respeito pelos afrodescendentes e indígenas: “O nosso povo não começou daqui, não. O nosso povo tem raízes que também precisam ser integradas. Essa capacidade de integração também é uma das coisas da nobreza”.